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Não é só chuva que falta no sistema elétrico brasileiro

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Apenas de ser um país com dimensões continentais, sendo o quinto maior em extensão territorial do mundo, o Brasil passa por um período de estiagem ampla, sendo uma das mais severas desde que começou a ser computado o sistema de medição meteorológica nacional. A falta de chuvas, além de prejudicar a produção de eletricidade, gera transtornos a diversos cidadãos brasileiros, levando a desconfortos e doenças respiratórias, como também uma agricultura prejudicada e uma produção mais sutil da pecuária em regiões onde a calamidade é mais extrema. Porém, vamos nos concentrar na falta de produção de eletricidade.

Não é só chuva que falta no sistema elétrico brasileiro
Divulgação

O Brasil é um país que possui as maiores bacias hidrográficas do mundo. A região Amazônica possui um potencial de rios de uma riqueza nacional única, com ampla diversidade; porém, com características topográficas e geográficas que dificultam a instalação de hidrelétricas. Poucas são as localidades que favorecem tal implementação. Porém, com tamanho superior a 8 milhões de km², pode-se avançar para outras regiões para procurar locais adequados para a produção de eletricidade.

Diversas Unidades Federativas atuam para a produção hidrelétrica.  O Paraná destaca-se nesse cenário por apresentar a maior hidrelétrica da América do Sul. Construída em parceria com o Paraguai, a Itaipu Binacional destaca-se na produção de eletricidade, pois é situada no Rio Paraná (segundo maior da América do Sul, atrás apenas do Rio Amazonas), sendo uma referência para a produção de eletricidade para os grandes centros urbanos nacionais (São Paulo e Rio de Janeiro). Porém, mesmo esse “gigante” da produção, sofre com uma quantidade ínfima de água, pois os seus afluentes estão destinando pouca água para manter o reservatório imenso da hidrelétrica.

Mas como podemos resolver o problema da escassez de eletricidade? A resposta à fácil: investimento em formas renováveis de energia.

O Brasil destina uma quantidade superior a 70% da produção de eletricidade para apenas uma única matriz energética, sendo que temos possibilidade, tecnologia e condições de explorar outras formas de se obter energia. O Nordeste brasileiro possui uma ampla densidade de produção de energia eólica, com os seus imensos aerogeradores deslizando suavemente ao vento e produzindo a tão necessária eletricidade. Assim, temos também a produção de energia solar.

Na faixa litorânea, por que não utilizar as energias das ondas? A Usina de Pecém-CE é pioneira no mundo nessa forma de produção de energia. Possuímos uma faixa costeira superior a 8.000 km, sendo que diversos locais poderiam produzir eletricidade em ampla quantidade. E as Usinas de Angra, por que temos apenas duas em funcionamento?

Para trazermos os louvores para as próximas gerações, é necessário pensar “hoje para ser ter um melhor amanhã”. Políticas governamentais devem facilitar e investir em suas atribuições para um bem nacional, e não sobretaxar com elevadas taxas de impostos que deixam uma inflação abusiva tomar conta das pequenas iniciativas, inibindo (ao invés de favorecer) formas inovadoras e renováveis de energia.

Não podemos ficar na dependência ampla de apenas uma única fonte energética ou as gerações vindouras sofrerão com a falta de planejamento dessa nossa geração. Investir se faz necessário para que o Brasil avance rumo às formas inovadoras e sustentáveis de produção de eletricidade.      

*Por Hugo Henrique Amorim Batista, Especialista em Educação e professor da Área de Exatas do Centro Universitário Internacional Uninter.

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