Deus nos oferece os recursos e as oportunidades, mas cabe a nós o esforço edificante para nutrir, proteger, crescer o projeto pessoal de realizações. Através da disciplina no trabalho e a constância na vontade, as obras aparecem e se multiplicam. Não é fruto do acaso ou da sorte, como muitos imprevidentes acreditam, mas da semeadura que frutifica no tempo.
O mundo interior é como legítimo campo de produção. Devemos ter zelo nas leituras que nutrem a nossa mente, assim como as ações e atitudes que auxiliam na moldagem de nosso caráter. A fé viva e a identificação com Deus representam conquistas sublimes. É imprescindível defender tal patrimônio com energia e cuidados para o devido progresso.
Além disso, não se conquistam luzes para deixá-las escondida sob o pano, mas para mostrá-las à todos (Mateus 5:15). Precisamos não apenas trilhar o caminho correto, como também de inspirar os demais a fazer o mesmo. Quando há a colaboração, as obras e as realizações acontecem de forma acelerada e com produtividade.
O ciclo virtuoso entre fé e obras acaba contemplando o discípulo fiel com os beneméritos de conquistas que expandem os horizontes. É o entrelaçamento do ser com o universo de modo a tornar ainda mais apto a novas conquistas. Na parábola dos talentos, Jesus nos estimula a vencer os medos e a romper a inércia para que as conquistas maiores apareçam. A fé constrói montanhas por onde se eleva o indivíduo em sua jornada sagrada.
Paulo Hayashi Jr. – Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.