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Crenças libertadoras

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O comportamento humano é influenciado pelas suas crenças e pressupostos internos, além de seus valores. Por meio do mundo interior e de suas lógicas, o indivíduo consegue se adaptar com maior ou menor dificuldade aos empecilhos e obstáculos da sociedade. Quando se tem a inclinação para o bem, cada vez mais há a aproximação com Deus, assim como a sua provação de caráter e lealdade ao mesmo. Por outro lado, também há os vícios do passado que não querem abandonar o ser, cabendo a este a ação derradeira para deixar para trás a pessoa antiga. É o teste do filho pródigo ou o diálogo de Krishna, um modo de alinhar em definitivo com a mudança qualitativa tão esperada. Mais do que o granjeio externo, a satisfação consigo mesmo. É ser amigo em definitivo de suas crenças e memórias, de modo a reabilitar o antigo devedor.

Deus é o pai bondoso que jamais condena, mas que espera o desenvolvimento do livre arbítrio e a movimentação das forças pessoais para a mudança aguardada. Quem busca desenvolver sua maturidade e inteligência sabe que é preciso se desfazer de suas más tendências para a consolidação da nova posição. São os sacrifícios que tornam a vida bela, principalmente quando baseados na caridade, na compreensão humana e nos deveres sagrados.

Quando se está de bem consigo mesmo pode-se dizer que o indivíduo fez as pazes com a sua consciência, morada das leis universais de Deus. Estar ciente e quite com o Universo configura a libertação das dívidas do passado. O indivíduo livre é algo de valor, exemplo e inspiração aos demais.

Paulo Hayashi Jr. – Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.

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