A obesidade é uma doença crônica na qual o organismo do indivíduo encontra-se em um processo inflamatório generalizado. Apesar de não ter cura, é possível controlá-la e, para isso, o tratamento dos sintomas é fundamental.
De acordo com o Hospital Israelita Albert Einstein, a condição recebe diagnóstico a partir da análise do Índice de Massa Corporal (IMC). Ele é feito por meio da divisão do peso (em kg) pela altura (em metros) ao quadrado. Um IMC igual ou maior que 30 é considerado como indicativo de obesidade.
O principal fator de causa da doença é o comportamento alimentar disfuncional. Isso porque, nessas situações, há o consumo excessivo de alimentos ricos em carboidratos e açúcares. Por isso, práticas como negligenciar uma alimentação saudável e nutrir uma rotina incorreta contribuem para o ganho de peso.
Adotar hábitos alimentares ruins também pode agravar o problema. É o caso de quem opta por pular refeições ou realizá-las de maneira desequilibrada no decorrer do dia. Esses comportamentos favorecem exageros alimentares e restringem os nutrientes ingeridos pelo corpo.
Além disso, a falta de atividade física na rotina aumenta o sedentarismo, favorecendo o acúmulo de gordura e a perda de musculatura. Esses fatores se associam a aspectos que impactam diretamente na qualidade de vida de uma pessoa obesa.
Dentre as manifestações mais frequentes estão os distúrbios do sono, já que um obeso pode dormir mal e apresentar dificuldade para respirar durante a noite. A saúde mental também é um pilar importante, pois a ansiedade impulsiona o paciente a descontar suas emoções nos alimentos.
Quais são os sintomas?
Segundo o gastrocirurgião e endoscopista, Dr. Eduardo Grecco, a obesidade não apresenta sintoma direto, mas sim riscos, já que o indivíduo vai ganhando peso gradualmente e, muitas vezes, ele ignora o problema.
Dessa forma, continua a comer em excesso, aumentando seu peso e enfrentando ameaças que podem afetar todos os sistemas do corpo.
Quais os seus riscos?
O excesso de peso pode impactar diretamente na homeostase corporal, atingindo o organismo sob diversos aspectos. Entenda o impacto da obesidade nos principais sistemas.
- Sistema nervoso: o paciente pode sofrer de insônia, estresse excessivo e irritabilidade.
- Sistema cardiovascular: o indivíduo apresenta maior risco de infarto, coronariopatia, varizes nas pernas e nos membros inferiores, devido ao excesso de peso.
- Sistema respiratório: a obesidade pode causar dificuldade respiratória, já que o tórax fica comprimido pelo abdômen, resultando em uma redução da capacidade respiratória.
- Sistema musculoesquelético: o excesso de peso sobrecarrega articulações como quadris e joelhos, causando dores na coluna lombar, joelhos e pernas.
Além disso, a doença pode afetar o fígado, causando esteatose hepática, mais conhecida como gordura no fígado. Esse cenário pode evoluir para uma cirrose, uma doença hepática grave.
O especialista também esclarece que, por afetar todos os níveis do organismo, a obesidade pode ser responsável por complicar várias outras doenças graves, como o AVC e a trombose.
Como prevenir a obesidade?
O gastrocirurgião explica que esse processo ocorre a partir de passos que andam em conjunto. Isso porque a prevenção da doença se relaciona primeiramente com a educação. Desse modo, é fundamental informar os riscos da obesidade para a população. Quanto mais conhecimento melhor.
Ademais, para evitar a enfermidade é necessário que as pessoas aprendam a se alimentar melhor e a praticar atividades físicas. “A prevenção da obesidade envolve a difusão de informações, o estímulo à alimentação saudável, à prática de exercícios físicos e ao cuidado com a mente, inclusive controlando a ansiedade.”, conclui Eduardo.
Fonte: Saúde em Dia