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Campo Grande

Apesar de posições opostas, Luiza Ribeiro prevê união com Ana Portella por pautas femininas

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A vereadora reeleita Luiza Ribeiro (PT) concedeu entrevista exclusiva ao A Tribuna News, durante a 71ª sessão ordinária da Câmara Municipal de Campo Grande, quando falou sobre suas expectativas para o terceiro mandato.

Questionada sobre a nova composição da Câmara Municipal, Luiza destacou a tímida melhora na representatividade feminina, ainda muito aquém do ideal. Atualmente, a vereadora é a única mulher entre os 29 parlamentares. Na próxima legislatura, se juntará a ela mais uma vereadora, elevando a representatividade para apenas 6%.

Conforme Luiza, no Brasil, as mulheres representarem apenas 18% dos espaços dos legislativos municipais. “Em Campo Grande está muito abaixo da média nacional”, pontuou, ao defender que a paridade seria o cenário ideal, com metade das cadeiras ocupadas por mulheres. A vereadora demonstra preocupação com a baixa representatividade feminina na Capital, consideravelmente inferior à média nacional, e espera que a nova legislatura, apesar do pequeno avanço, possa contribuir para a discussão e busca por maior equilíbrio nos espaços de poder.

Sobre a possibilidade de parceria com a vereadora eleita Ana Portella (PL), que se define como de direita, enquanto Luiza se identifica com a esquerda, a petista se mostrou otimista. De acordo com ela, a convivência entre diferentes espectros políticos em prol de pautas comuns, especialmente as voltadas para as mulheres, já é uma realidade, como se vê no Congresso Nacional. “Com certeza, entre mim e a vereadora Ana Portella, haverá unidade em torno de melhorar a vida da mulher da nossa cidade”, afirmou Luiza, confiante na construção de pontes com a colega parlamentar, independentemente de suas posições ideológicas.

Nova legislatura

Integrante da chapa do vereador Papy (PSDB), candidato à presidência da Casa de Leis na próxima legislatura, Luiza comentou sobre sua participação no grupo, destacando a importância de uma Mesa Diretora que organize e potencialize o trabalho legislativo, independentemente de alinhamentos com o Executivo Municipal ou outros governos. “A nossa mesa diretora não é para a prefeita, não é para o governador, não é para o presidente Lula, é para coordenar os trabalhos legislativos, organizar e potencializar o desenvolvimento de cada vereador e vereadora”, afirmou. Para Luiza, a chapa encabeçada por Papy tem esse propósito e a participação do PT, que terá três vereadores na próxima legislatura, é fundamental para essa organização.

Sobre a reeleição da prefeita Adriane Lopes (PP), alvo frequente de suas críticas, a vereadora petista afirmou respeitar o resultado das urnas. Em contraste com a postura de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que questionam o processo democrático, Luiza reforçou seu compromisso com a democracia. Citou, inclusive, as recentes prisões de militares envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro e no planejamento de atentados contra autoridades. “Diferentemente da direita e da extrema-direita que a prefeita representa, nós respeitamos a democracia”, declarou. Luiza assegurou que, apesar das divergências, respeita a escolha da população e manterá sua postura de fiscalização. “Se ela mudar a administração e fizer algo bom para a cidade, aplaudiremos. Mas naquilo que não for bom, faremos o apontamento e a crítica”, avisou.

Indagada sobre suas expectativas para a próxima legislatura, a vereadora Luiza expressou o desejo de que a Casa de Leis seja produtiva e focada na tarefa de legislar. Embora reconheça a importância do debate político, ela enfatizou a necessidade de priorizar a produção legislativa, utilizando instrumentos como projetos de lei, indicações, requerimentos e audiências públicas para buscar soluções para os problemas da cidade. “A nossa tarefa é produzir atos legislativos e possibilitar saídas melhores para as dificuldades que o povo da nossa cidade sofre”, finalizou.

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