Os conflitos internos necessitam de ajustes para desafogar a consciência e o pensamento íntimo. A culpa representa este mecanismo que, se remoído e relembrado na inação acaba provocando mais danos ao sistema. Por outro lado, ela não pode ser esquecida. A transgressão exige o reparo e a ação edificante que enobrece e redime o ser em ocasiões futuras. Se as águas passadas já não movem o moinho, como se diz no provérbio popular, o pensar, orar e trabalhar para dias melhores configura a ação prática e destemida.
Culpar-se por ter feito o que não devia apenas cria pensamentos fixos que entorpecem o sentido e os sentimentos, acabando por diminuir o entusiasmo para as ações retificadoras. O melhor é sermos práticos e perdoar e pedir perdão, libertando todo o mal de nós mesmos, como faxina higiênica dos pensamentos e sentimentos, de modo a privilegiar os novos ares e opções. Quem se desapega, fica com o mundo interior mais leve e sem conflitos, o que permite o trabalho para a reconquista, agora com o apoio de todo o universo. O mundo conspira a favor dos que buscam se renovar, tal como na parábola do filho pródigo.
Seguir, sem remorsos ou culpa é a solução adequada. Para isso, é vital conhecer os ensinamentos do mestre Jesus Cristo, para ter a segurança no caminho. Ações positivas e libertadoras permitem cultivar o pensamento íntimo com zelo e esta será a grande recompensa para os filhos de Deus. Ter a consciência limpa e pacificadora configura o tesouro dos céus, mas conquistadas com o trabalho, o suor, as lágrimas e o amor na terra.
Paulo Hayashi Jr. – Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.