08/03/2013 07h45
Chegou a vez da direita
Certamente, os outros candidatos serão Aécio Neves, Marina Silva, Eduardo Campos (só para citar alguns).
Quais serão os candidatos a presidente da república nas eleições de 2014? Sabe-se que Dilma Rousseff será candidata à reeleição; isso, inclusive, já foi anunciado no evento em comemoração aos dez anos do PT à frente do governo federal. Certamente, os outros candidatos serão Aécio Neves, Marina Silva, Eduardo Campos (só para citar alguns). Não sabemos ainda se o PMDB irá lançar um candidato próprio ou se apoiará a candidatura de Dilma (formando a chapa eleitoral com Michel Temer para vice-presidente).
Todos esses políticos mencionados, se observarmos bem, são de “esquerda”. Não há hoje em dia, por assim dizer, uma oposição forte e atuante para fazer frente ao governo que aí está. Essa é que é a verdade.
Mas quem teria chances de vencer a eleição? A meu ver, a tendência é que Eduardo Campos se fortaleça bastante e tenha reais condições de ser eleito. No entanto, ainda é muito cedo para se opinar com convicção a respeito do assunto. Porém, uma coisa é certa: somente terá êxito aquele candidato que em sua proposta de governo mantiver o programa Bolsa Família – mesmo que tenha o propósito de, posteriormente, modificá-lo para não viciar o cidadão (como diria Luiz Gonzaga) e torná-lo menos oneroso aos cofres públicos.
Pois bem, com o mundo globalizado e as tecnologias existentes, o desenvolvimento econômico é bastante acelerado – incomparável aos níveis de quarenta ou cinquenta anos atrás. No entanto, o Brasil em 2012 teve um crescimento ridículo de 0,9% em relação a 2011. Além disso, com uma arrecadação exorbitante, correspondente a 36,27% do PIB (conforme o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), oferece uma contrapartida bem aquém do esperado – vê como estão as escolas e os hospitais públicos, por exemplo. Aliam-se a esses resultados desfavoráveis os vários escândalos noticiados pela mídia no decorrer dos anos – Mensalão, Caso Rosemary, CPI dos Correios, dólar na cueca, Caso Celso Daniel, Caso Gamecorp, operação Anaconda, Satyagraha, escândalo dos bingos, Caso Erenice Guerra e por aí vai. Em face disso tudo, não há, do ponto de vista estratégico, melhor momento para a “direita” lançar um candidato forte e com reais possibilidades de ser eleito. E agora mesmo, no momento que escrevo este artigo, veio-me à mente o deputado…
Ora, mas será que ele deixaria o legislativo para encarar esse desafio e entrar para a história do Brasil como o presidente eleito em 2014? Não sei, não… Em princípio, o deputado já teria o voto dos conservadores, de parte da classe empresarial e da família militar. Mas, certamente, com o tempo de que disporia nos programas políticos e nos debates exibidos nas emissoras de televisão, ele também conseguiria angariar o voto de milhões de brasileiros que assistem a tudo isso atônito e em silêncio, sem saber o que fazer (pois não é politicamente correto discordar das ideias que estão em voga e que devem ser seguidas pela sociedade como um todo. Quem discordar… E o cidadão prefere se calar a se indispor).
É, meu amigo, parece-me que chegou a vez da “direita”, mas a dúvida é: será que ele vai se candidatar? Não sei, não. Perguntas-me de quem estou falando? Ora, não está claro para ti? Quem mais poderia ser? Falo do deputado Jair Bolsonaro.
Ednaldo Bezerra é estudante de Licenciatura em Letras da UFPE