31/05/2015 06h19
Mercado investe em construções sustentáveis
Projetos residenciais que reduzem a agressão à natureza têm sido cada vez mais economicamente viáveis
Você já ouviu falar em arquitetura sustentável? Cada vez mais famoso, o projeto arquitetônico que parte desse princípio visa elaborar construções provocando o menor impacto ambiental possível, desde o seu uso e manutenção até o processo de reciclagem e possível demolição. Além disso, ele deve trazer maiores ganhos sociais, já que é economicamente viável.
Segundo a AsBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura), algumas das recomendações básicas para um projeto de arquitetura ser considerado sustentável são: análise do impacto sobre o meio ambiente, implantação e estudo do entorno, redução de resíduos, diminuição do consumo de água, melhora da qualidade ambiental interna e escolha de materiais atóxicos, recicláveis e reutilizáveis.
Hoje, são várias as casas e prédios feitos a partir de materiais ecologicamente corretos e com design moderno – veja alguns exemplos aqui. Segundo acompanhamento da Sustentech, consultoria para certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), o mercado de construções sustentáveis cresce entre 25% a 30% ao ano no Brasil.
Vila ecológica Movimento Terras
Em Pedro do Rio, região serrana do Rio de Janeiro, foi construída uma vila ecológica que, com oito casas, aposta no reaproveitamento de água da chuva, na utilização de painel solar, telhados verdes e madeira de reflorestamento, certificada pelo Conselho Brasileiro de Manejo Sustentável (FSC).
Apesar de cada casa ter sido feita partindo de diferentes planejamentos arquitetônicos, todas seguem o mesmo padrão de construção e acabamento. O condomínio de casas verdes do Movimento Terras, do arquiteto Sérgio Caldas, é um dos primeiros no país a obter o selo inglês Breeam para construções sustentáveis.
Conjunto habitacional Rubens Lara
Considerado um verdadeiro modelo de sustentabilidade, o conjunto habitacional Rubens Lara foi construído como parte de um projeto do governo paulista que previa a retirada de 7.760 famílias que moravam em áreas irregulares no parque Serra do Mar.
Localizada em Cubatão, a obra substitui a eletricidade para esquentar água por energia solar. Não à toa, o condomínio foi reconhecido como um exemplo de práticas alternativas pelo projeto Iniciativa de Habitação Social Sustentável (Sushi), que faz parte do programa da ONU para o meio ambiente.