21/08/2014 09h50
Após reunião com Hospitais e MPE, Saúde terá mais 22 leitos hospitalares em dez dias
O secretário de Saúde Jamal Salem, explica que o problema vem acontecendo há anos em Campo Grande e diz que, na sua gestão, quer apresentar uma solução.
Em menos de dez dias, serão disponibilizados mais 22 leitos no Hospital Regional e Santa Casa, numa medida emergencial para atender pacientes que precisam de internação que hoje ficam nas Unidades de Pronto Atendimento até que hajam vagas nos hospitais. A decisão foi tomada após reunião, na tarde desta quarta-feira (20), com o Ministério Público Federal, Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) com a direção dos Hospitais do Câncer José Abrão, Regional e Universitário. O encontro foi marcado após o MPE determinar que pacientes internados em UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) e CRSs (Centros Regionais de Saúde) não poderão esperar por transferência por um período maior de dez dias.
As decisões tomaram duas linhas: a primeira, como medida emergencial e imediata, ficou determinado que o Hospital Regional irá adequar a unidade para em 10 dias abrir mais 10 leitos, assim como a Santa Casa disponibilizará mais 12 vagas, neste mesmo prazo.
Já como medidas a médio e longo prazo, ficou determinado o estudo de viabilidade de disponibilizar 60 vagas para adultos, das 100 do Centro Pediátrico – que será implantado no Hospital Sírio Libanês. Outra medida a longo prazo é a possibilidade de contratualização entre Sesau e Hospital Militar e também Hospital de Coxim, para a disponibilidade de ainda mais leitos. O Hospital do Pênfigo também sinalizou a abertura de mais seis leitos, previstos para atendimento para daqui dois meses.
Segundo a promotora do MPE, Filomena Aparecida Fluminham, a solução definitiva para o caos vivido pela falta de leitos é uma nova contratualização com os Hospitais e ampliar a capacidade de internação de acordo com a demanda de Campo Grande. “Fizemos uma visita à várias unidades 24h da Capital e constatamos que muitos desses pacientes estão há dias internados a espera de vagas hospitalares. UPA e CRS não são lugares de internação”, diz a promotora.
O secretário Municipal de Saúde Pública Jamal Salem, explica que o problema vem acontecendo há anos em Campo Grande e diz que, na sua gestão, quer apresentar uma solução. “Nós temos déficit de 800 leitos hospitalares e cerca de 80% das pessoas estão a espera dessas vagas, são pacientes que sofreram acidentes no trânsito. Por esse motivo, a Sesau pretende trabalhar em dois caminhos: o da prevenção de acidentes, para reduzir o número de internação, e o da estruturação da rede pública”, explica Jamal.
Na semana passada, após a Santa Casa suspendeu novas internações na ortopedia, o Hospital do Pênfigo abriu mais quatro vagas para cirurgia de pequena e pedia complexidade.
Fonte/Autor: Assessoria de Imprensa
