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Após meses de queda, preços ao produtor sobem 0,48% em agosto

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27/09/2014 11h13

Inflação ao produtor fica em 0,48% em agosto

Alta do IPP é a primeira após cinco meses seguidos de deflação. Bebidas subiram 1,89% e influenciaram a alta do indicador.

Os preços ao produtor subiram 0,48% em agosto, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a primeira alta do Índice de Preços ao Produtor (IPP) após cinco resultados negativos consecutivos.

No acumulado do ano, a inflação ao produtor ficou em 1,1%, acima dos 0,62% de julho. Frente ao mesmo mês de 2012, a alta é de 2,5%, segundo o IBGE, o quarto menor resultado da série, iniciada em dezembro de 2010.

Das 23 atividades pesquisadas pelo IBGE, 17 tiveram alta nos preços na comparação com julho. As maiores altas vieram das bebidas, que subiram 1,89%, seguido por equipamentos de transporte (1,88%) e calçados e artigos de couro (1,64%).

“A demanda por couro, aliada a manutenção dos rebanhos no período, faz com que os preços desses insumos se mantenham em nível elevado. A mesma coisa acontece em outros equipamentos de transporte, estão incluídos aviões, motocicletas, entre outros. Há um movimento de recuperação após um ano praticamente de queda na maioria desses produtos”, disse Cristiano Santo, técnico da coordenação de indústria.

Segundo o instituto, a indústria de bebidas também exerceu influência sobre o índice geral, reforçando a recuperação de preços verificada em julho, quando houve alta de 0,13%, após oito meses de queda. “Reposicionamentos nos preços de refrigerantes e cervejas e chope foram os principais responsáveis pelo aumento do índice setorial”, diz o IBGE em nota.

“O setor de bebidas que veio com uma queda grande nesses primeiros meses, e agora eles vêm oportunidade de recuperação de preço. Está basicamente atrelado [a recuperação após cinco meses de queda] a esses preços dos insumos. Você vê o couro pressionando, a carne bovina, a metalurgia também acontece esse pressão e movimento raros que também estão ligados a essas coisas”, explicou Santo.

Os alimentos também exerceram forte influência de alta, subido 0,62% na comparação com o mês anterior, no primeiro resultado positivo desde fevereiro de 2014 (0,56%).

“O setor de carne começa a apontar mais para o mercado externo. A commodities já está aquecida no mercado externo. Como temos muitos produtos ligados ao mercado externo, isso está puxando o preço pra cima. O preço está melhor para exportar do que para o mercado interno”, afirmou o técnico do IBGE.

Fonte: G1

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