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Crianças de mães que sofreram violência ganham brinquedos

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10/10/2015 16h39

Crianças de mães que sofreram violência ganham brinquedos feitos por detentos

O diretor-presidente Agepen, Ailton Stropa Garcia, disse que são brinquedos simples, mas que têm um valor social muito grande.

Brinquedos educativos confeccionados por detentos farão parte do acervo da Brinquedoteca da Casa Abrigo, e do Centro Especializado de Atendimento à Mulher. O ato de doação aconteceu na manhã desta sexta-feira (9), no Estabelecimento Penal – Jair Ferreira de Carvalho, de Segurança Máxima da Capital. “O projeto é maravilhoso, esses brinquedos vão beneficiar as crianças de mães que sofreram violência. É um trabalho muito bem feito que valoriza o detento que está privado de liberdade, mas não privado de dignidade”, destacou Luciana Azambuja Roca, subsecretária das Políticas Públicas para Mulheres, titular da pasta ligada à Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast) que conheceu o projeto e solicitou doação à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).

São cerca de 80 brinquedo. Uma parte ficará disposta na brinquedoteca e alguns serão doados aos filhos dessas mães que fazem tratamento psicossocial na Casa Abrigo e do Centro Especializado de Atendimento à Mulher.

O projeto “Educação Lúdica com Brinquedos Pedagógicos” utiliza sobras de madeira que iriam para o lixo e após trabalho artesanal se transformam em jogos, carrinhos e demais brinquedos que ajudam a reforçar o ensino em escolas públicas de Campo Grande.

Esse trabalho é feito pelos internos que trabalham na produção e recebem redução de um dia na pena para cada três trabalhados. Para o detento, Ezequiel Guimarães de Paula, 29 anos e preso há 5 anos por homicídio, o trabalho deu novas expectativas para o retorno à sociedade. “É gratificante saber da alegria das crianças que recebem esses brinquedos e, ao mesmo tempo, ocupar nossa mente com esse trabalho para retornar o convívio em sociedade com dignidade e respeito”, descreve Ezequiel.

O diretor-presidente Agepen, Ailton Stropa Garcia, disse que são brinquedos simples, mas que têm um valor social muito grande. “Nosso desafio é possibilitar que o preso saia com novos valores e disposto a mudar realmente de conduta”, ressaltou o diretor.

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