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Construção civil da Capital quer 16,5% de reajuste salarial

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06/02/2016 07h05

Os operários querem também participação no lucro; refeições gratuitas nos canteiros e combate ao assédio moral

Os operários da construção civil de Campo Grande decidiram em assembleia geral que querem 16,5% de reajuste salarial a partir de 1º de março, data base da categoria. Além disso, querem também participação no lucro das empresas; refeições gratuitas nos canteiros de obras e melhorias diversas nas áreas de saúde e segurança no trabalho, informa José Abelha Neto, presidente do sindicato da categoria, o Sintracom (Sind. dos
Trab. nas Ind. da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande).

“Esse percentual cobre as perdas salariais no acumulado dos 12 meses que antecedem nossa data base, que deverá ficar em torno de 11%. Portanto, estamos pedindo em torno de 5% de ganho real, que é muito justo”, afirmou Abelha Neto.

O líder sindical disse ainda que os trabalhadores pedem também refeições gratuitas nos canteiros de obras; Mais segurança e plano de saúde para todos. “Precisamos avançar também nessas outras questões. O lucro das empresas é muito grande e é preciso dividir com os operários que precisam de salários e condições dignas para o sustento de suas famílias”, afirmou.

O empenho das empresas construtoras para que os trabalhadores tenham mais condições de se aperfeiçoarem profissionalmente, também fará parte do elenco de pedidos que serão encaminhados na próxima semana à classe patronal. Querem também o combate à terceirização no setor, pois esse sistema só penaliza os trabalhadores, explica Abelha Neto. Ele lembra que o combate ao assédio moral também precisa ser trabalhado nos canteiros de obras para melhoria das condições de trabalho dos operários.

Durante a assembleia dos operários, para discutir a pauta de reivindicação, o Dieese apresentou estudos que demonstraram uma retração no ano passado (2015) na venda de materiais de construção. Foi a primeira queda nas vendas em 12 anos. Ainda assim, foi pequena, de 5,8%. O setor ainda conseguiu abocanhar nada menos que R$ 56,5 bilhões, segundo dados da Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção. Esses dados, segundo o Sintracom/CG demonstram que o setor não teve um impacto muito grande e que as obras continuaram e o faturamento foi grande para todos os segmentos envolvidos na construção civil. Só o trabalhador teve seus salários limitados e dispensados como forma de conter os impactos negativos.

“Está na hora de devolver o emprego e pagar melhor nossos trabalhadores. Esses homens e mulheres que
verdadeiramente impulsionam o desenvolvimento da indústria da construção civil neste Mato Grosso do Sul”, afirmou Abelha Neto.

Assessoria de Imprensa

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