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Ministério anuncia ações para reduzir mortalidade de crianças indígenas

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24/11/2016 16h50

Dados da pasta mostram que o índice de mortalidade infantil indígena é três vezes maior que a média nacional

O Ministério da Saúde quer reduzir em 20% o índice de mortalidade de crianças indígenas com até cinco anos de idade até 2019. As ações para alcançar essa meta foram anunciadas nesta quarta-feira, em Manaus, pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros. Entre elas, estão o reforço no acompanhamento de gestantes e bebês e na qualificação de profissionais de saúde especificamente nas doenças com maior prevalência na infância.

Dados da pasta mostram que o índice de mortalidade infantil indígena é três vezes maior que a média nacional, apesar de ter reduzido 58% nos últimos 15 anos. No ano 2000 eram 74,61 mortes por mil nascidos vivos e atualmente é de 31,28, enquanto no país são 13,8 óbitos para cada mil nascidos vivos. Segundo o Ministério da Saúde, 65% dessas mortes poderiam ter sido evitadas porque foram provocadas por doenças respiratórias, parasitárias e nutricionais, que são tratáveis. O ministro destacou que tem discutido com as lideranças indígenas melhorias no serviço de saúde oferecido a essa população.

Sonora: “Tenho recebido muitos líderes indígenas no Ministério. Fizemos um acordo para avaliação da saúde indígena e para melhoria da qualidade. Faremos quatro reuniões regionais até o meio do ano que vem para estabelecermos um novo plano de atenção a saúde indígena onde nós possamos aplicar melhor os recursos que temos, produzir mais resultado, fazer com que os recursos cheguem na ponta, na população indígena. E que nós possamos também com isso produzir uma justiça social”.

Como forma de ampliar o atendimento de saúde das populações indígenas e ribeirinhas da Amazônia, o Ministério da Saúde também entregou cinco Unidades básicas de Saúde Fluviais para os municípios de Barreirinha, Parintins, Anamã e São Paulo de Olivença, no Amazonas, e para Melgaço, no Pará. O prefeito de Barreirinha, Messias Pereira Batista, que é indígena Sateré-Mawé, conta que a embarcação vai atender cerca 30 mil pessoas no município, entre elas, sete mil indígenas.

Sonora: “Pra nós é uma satisfação muito grande. Na época que o ministro Padilha veio a Manaus nós reivindicamos esse benefício. Graças a Deus nós fomos beneficiados, trabalhamos, fizemos a licitação e o barco está aí. Estamos saindo de um mandato de oito anos e vamos entregar para o novo prefeito um barco de uma grande importância para a saúde ribeirinha porque levar saúde para o interior não é fácil, é muito difícil”.

As Unidades básicas de Saúde Fluviais possuem salas de espera, imunização, farmácia, consultórios médicos e de enfermagem, além de dormitórios, cozinha e banheiros. Serão feitas viagens mensais com duração de 22 dias para atender a população ribeirinha.

Radioagência Nacional



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