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Alerta aos banhistas para os riscos de raios em praias e no interior

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22/01/2017 20h21

Brasil acumula 1.894 mortes por raio de 2000 a 2015, boa parte delas foi registrada durante o verão

Os banhistas que aproveitam as praias brasileiras durante o verão devem tomar cuidado com a queda de raios. Para o coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Elat/Inpe), Osmar Pinto Junior, o período é crítico por causa das férias e de certo relaxamento dos frequentadores das praias.

“Nesta época do ano, temos um grande número de pessoas se deslocando para as praias, que são lugares descampados e, portanto, vulneráveis a descargas”, comenta Pinto Junior. “O banhista acaba se expondo a tempestades. Se você estiver dentro do mar, a situação é ainda mais crítica, porque a água salgada é ótima condutora de eletricidade. Assim, os efeitos de um raio podem se propagar para muito longe.”

Segundo o coordenador do Elat, a distração agrava ainda mais o risco de ser atingido. “A tempestade se forma e se desloca rapidamente, de uma maneira que, em questão de cinco minutos, a situação muda por completo”, avalia. “Então, é por isso que as pessoas têm de estar atentas. Quando você vê um indício de tempo fechado, busque abrigo em um carro ou em um prédio imediatamente. Não pode esperar. Dois ou três minutos são a diferença entre ser atingido ou não.”

Em dezembro, a unidade do Inpe publicou um comunicado com cinco mandamentos para evitar ser eletrocutado em uma tempestade de verão.

O manual desaconselha o público a praticar atividades de agropecuária ao ar livre; ficar ao lado de carros e tratores ou andar de bicicleta e moto; permanecer em campo aberto, como gramados esportivos e praias, embaixo de árvores ou perto de cercas; tocar em objetos condutores de eletricidade, a exemplo de telefones fixos com fio, celulares conectados a carregadores ou objetos metálicos grandes; e se acolher em um abrigo aberto, como deques, sacadas, toldos e varandas.

São opções seguras de abrigo veículos fechados, desde que não se encoste à lataria até a tempestade passar; casas ou prédios, de preferência que possuam proteção contra raios; e metrôs e túneis subterrâneos.

Risco Brasil

Líder mundial na incidência do fenômeno, conforme levantamento do Elat, o Brasil acumula 1.894 mortes por raio de 2000 a 2015, boa parte delas no verão. “Os dados de 2016 ainda não estão fechados, mas tivemos o menor número de vidas perdidas na série histórica, em torno de 70 ou 75”, adianta Pinto Junior.

Diante desse quadro, o Elat desenvolveu uma rede de sensores que monitora a ocorrência de raios em todo o território brasileiro, conhecida como Rede BrasilDAT. Na página da unidade, é possível acompanhar em tempo real dados coletados por equipamentos que detectam a emissão de radiação eletromagnética.

Fonte: MCTIC

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