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Aeroportos de 4 cidades serão administrados por empresas estrangeiras

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17/03/2017 07h41

Depois de ratificadas as propostas, os aeroportos passam a ser administrados pelos consórcios vencedores do leilão, todos eles internacionais.

O leilão dos aeroportos teve um ágio médio de 23% sobre o valor total a ser pago pelas concessionárias. Com isso, o governo deve arrecadar cerca de 3 bilhões e 700 milhões de reais ao longo do contrato de concessão, que vai durar até 30 anos no caso dos aeroportos de Florianópolis, Fortaleza e Salvador, e 25 anos, no caso de Porto Alegre. O contrato de concessão também prevê o pagamento de 5% do faturamento bruto de cada empresa na administração dos terminais.

O valor a ser pago à vista pelas concessionárias é de 1 bilhão, 460 bilhões de reais e representa quase o dobro do valor inicial mínimo definido pela Anac, a Agencia Nacional de Aviação Civil.

Depois de ratificadas as propostas, os aeroportos passam a ser administrados pelos consórcios vencedores do leilão, todos eles internacionais. A alemã Franport ficou com os aeroportos de Porto Alegre e Fortaleza. O consorcio frances, Vinci [VANCI], ficou com o aeroporto de Salvador e o grupo suíço, Zurich, com o aeroporto de Florianópolis.

Segundo a Anac, os quatro aeroportos respondem por quase 12% dos passageiros, 13% das cargas e cerca de 9% do trafego aéreo do país.

Diferente dos leilões passados, a administração dos quatro terminais não vai ser compartilhada com a Infraero e não haverá participação do BNDES, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, no financiamento dos investimentos. Segundo a ANAC, apenas a concessionária do aeroporto internacional de Cumbica, em São Paulo, não está com o pagamento atrasado.

Juntas, as administradoras dos cinco aeroportos que foram privatizados entre 2011 e 2012 acumulam uma dívida de mais de 1 bilhão e 300 milhões de reais. Segundo o secretário geral da presidência da república, os recursos do BNDES podem ajudar a resolver a dívida.

Em relação a futuros leilões, o ministro dos transportes, Maurício Quintanila informou que eles podem até acontecer, mas só depois que o governo tomar uma decisão sobre o futuro da Infraero, que também poderá receber capital privado.

Segundo a Infraero, com a concessão dos aeroportos, cerca de 1.100 funcionários poderão aderir ao PDV, o Plano de Demissão Voluntária ou serem realocados em outros aeroportos. Segundo o Ministro dos Transportes, foram destinados 500 milhões de reais para o PDV da Infraero. A assessoria de imprensa do Sindicato Nacional dos Aeroviários, afirmou, por telefone, que não tem críticas à política de demissão voluntária que está sendo desenhada.

EBC – Radioagência Nacional


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