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FMI prevê que recuperação da economia brasileira deve ser lenta

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24/07/2017 10h30

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2017, passando de 0,2% para 0,3%. Por outro lado, a entidade estima que a recuperação da economia brasileira deve ser mais lenta do que a esperada. Com isso, o Fundo baixou, de 1,7% para 1,3%, a previsão para a alta do PIB em 2018.

A projeção para este ano está na mais recente versão do relatório Perspectivas Econômicas Globais. O documento é divulgado pelo FMI a cada três meses. Dessa forma, as previsões anteriores são de abril.

A entidade destaca que a melhoria na estimativa para a economia brasileira em 2017 se justifica pelo resultado positivo do Produto Interno Bruto no primeiro trimestre do ano. Houve um crescimento de 1% na comparação com o quarto trimestre de 2016. Esse crescimento foi puxado principalmente pelo resultado do setor agropecuário, que cresceu 13,4% entre janeiro e março.

A entidade alerta, no entanto, para o aumento das incertezas políticas. “A fraca demanda doméstica e o aumento da incerteza política e de políticas, vão se refletir em um ritmo mais moderado de recuperação e, portanto, na projeção de um crescimento menor em 2018”, afirma o FMI.

De acordo com o IBGE, a demanda por produtos e serviços teve queda no Brasil no período. O consumo das famílias, por exemplo, caiu 0,1%. Os gastos do governo foram 0,6% menores e a Formação Bruta de Capital Fixo, relativa a investimentos, reduziu 1,6%. O FMI também aponta no relatório sobre o Brasil, o “forte declínio” da inflação e a recente desvalorização do real devido à crise política.

América Latina

O FMI também rebaixou levemente o crescimento econômico da América Latina e Caribe para 2017 e 2018 e vinculou a recuperação da atividade econômica à saída de Brasil e Argentina da recessão.

“A América Latina continua lutando contra um crescimento menor comparado com o resto e rebaixamos as perspectivas para a região durante os dois próximos anos”, destacou o diretor de Pesquisa do FMI, Maurice Obstfeld.

Agência CNM, com informações do G1 e da Agência Brasil

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