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Plantio da soja: Projeção de produtividade é de 8,3 milhões de toneladas

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19/09/2017 12h08

Conforme as projeções do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga MS) – programa de monitoramento de lavouras da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), em parceria com a Aprosoja/MS – e do MEA/MS (Mapeamento da Economia Agrícola de MS) em Mato Grosso do Sul, poderá haver redução de produtividade em relação à safra 2016/2017, que foi de 8,5 milhões de toneladas.

No levantamento apresentado durante o evento de Abertura Estadual do Plantio da Soja em MS – Safra 2017/2018, realizada na Fazenda Jotabasso, em Ponta Porã, os mais de 400 participantes, entre produtores rurais, pesquisadores, profissionais do setor e estudantes, foram informados que para o ciclo 2017/2018, o volume projetado é de 8,3 milhões de toneladas, ou seja, redução de 2,1% na produção. No entanto, em 10 anos, o volume de soja produzido nas lavouras do Estado saltou de 4,8 milhões de toneladas para 8,5 milhões de toneladas, crescimento de 74%.

Em relação à produtividade, a projeção para o próximo ciclo é de redução de 3,74%, passando de 56,1 sacas/h, para 54 sacas/ha. Por outro lado, o número continua positivo quando considerados os últimos 10 anos, quando esse índice subiu 19,8%, de 46,83 sacas por hectare para 56,1 sacas por hectare.

“A média de 54 sacas por hectare é um número extremamente positivo quando consideramos a média de 50,4 sacas por hectare de média de produtividade dos últimos oito anos”, detalhou o presidente da Aprosoja/MS, Christiano Bortolotto.

Em Mato Grosso do Sul, áreas de baixa produtividade utilizadas na pecuária tem aberto espaço para as lavouras, é o que mostra a projeção da Aprosoja/MS. Na safra 2017/2018, a área para cultivo de soja deve aumentar 1,78%, de 2,53 milhões de hectares para 2,58 milhões de hectares.

Para Bortolotto, o último ciclo de verão do Estado foi de resultados excepcionais. “A produção e a produtividade foram ‘fora da curva’ na safra 2016/2017. Portanto, agora, o ciclo 2017/2018 é uma safra de ajuste. Quando vamos fazer uma projeção de safra, precisamos projetar algo dentro da realidade possível que entendemos como viável, e os números que apresentamos consideramos viáveis”, analisou o presidente.

Para representar o Governador Reinaldo Azambuja, o secretário Jaime Verruck, da Semagro, esteve em Ponta Porã junto com o Superintendente de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, Produção e Agricultura Familiar, Rogério Beretta.

Jaime comentou sobre a preocupação do Governo do Estado com soluções logísticas, ao mesmo tempo em que relatou ações que caminham nesse sentido como a Rota Bioceânica, tanto rodoviária quanto ferroviária, e a ação realizada em Porto Murtinho, que a tornou zona especial de exportação e garantiu 400 mil toneladas em produtos exportados em 2016, e que devem se repetir neste ano. “Agora nós estamos em busca de uma forma de potencializar Concepcion [Paraguai], porque somos parceiros”.

O Secretario fez questão de comentar sobre a parceria do Governo do Estado com a Famasul e Aprosoja/MS, destacando a série de pesquisas que estão em andamento, fruto de recursos de um fundo mantido com recursos dos produtores de soja e de milho. Jaime falou ainda sobre o SIGA, programa inédito que monitora mais de 80% das lavouras do Estado e produz dados, como os apresentados naquele evento por Christiano Bortolotto. “Sobre isso quero até dar aqui a boa noticia, ontem, o governador Reinaldo autorizou a abertura de licitação para o SIGA, para que no próximo ano possamos dar continuidade a este trabalho”. Anunciou.

Mato Grosso do Sul iniciou oficialmente o período de plantio da safra 2017/2018 de soja no último dia 16 e para discutir os desafios desta safra e suas perspectivas três especialistas foram convidados para compartilhar seus conhecimentos sobre construção da fertilidade do solo, controle da ferrugem-asiática da soja e previsão climática para a gestão de riscos agrícolas.

Projeções

“Vemos essa nova safra com boa perspectiva, mas também com cautela, é um ciclo de ajuste. O produtor precisa entrar nesta safra atento a momentos de comercialização, vender com muito cuidado, estar atento aos riscos para não fazer operações que deem prejuízo porque é uma safra de estreitamento da rentabilidade, principalmente devido aos preços baixos”, analisou o presidente da Aprosoja/MS, Christiano Bortolotto.

“Isso pode mudar? Pode, existem muitas variáveis. Mas, no cenário atual, é preciso bastante cautela e é preciso ser bem assertivo. É momento para investimento naquilo que realmente vai trazer avanço na rentabilidade”, completou Bortolotto.

Estiveram presentes no evento representantes da família Basso, da administração e colaboradores da Fazenda Jotabasso, o prefeito da cidade, Hélio Peluffo Filho, o diretor-tesoureiro do Sistema Famasul, Luís Alberto de Moraes Novaes, o chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Guilherme Asmus, e o diretor financeiro da Fundação MS, André Dobashi além de presidentes de Sindicatos Rurais.

Kelly Ventorim, com Liana Feitosa da Aprosoja/MS

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