Início Notícias Economia Universidades do interior do país passam a oferecer cursos de agronegócio

Universidades do interior do país passam a oferecer cursos de agronegócio

0

03/12/2017 09h49

Durante décadas, os grandes centros urbanos do país funcionaram como locais de atração de força de trabalho e de melhores oportunidades de vida se comparados às zonas rurais. O êxodo rural e as migrações interestaduais para as capitais das regiões Sul e Sudeste, como é o caso emblemático de São Paulo e de sua região metropolitana, compõem um movimento muito conhecido da nossa história recente.

Nos últimos anos, no entanto, essa correlação de forças tem começado a se inverter. Além da evidente diminuição da qualidade de vida em nossas grandes cidades – devido aos altos custos de moradia, aumento da criminalidade e problemas de poluição e tráfego urbano –, as oportunidades de trabalho também começaram a deixar de ser tão atraentes. E as regiões rurais, por sua vez, principalmente aquelas diretamente ligadas ao agronegócio, de maneira surpreendente, começaram a ofertar novos postos de trabalho qualificados e melhor qualidade de vida para os que passaram a fazer o movimento inverso: da cidade para o campo.

O campo também já não é mais o campo de antigamente! Locais marcados pelo atraso, pobreza, baixa produtividade e pouca participação no abastecimento do mercado interno. Com os investimentos em pesquisa e tecnologia, iniciados desde os anos 1970, a partir do estabelecimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), a abertura da fronteira agrícola no cerrado e os diversos programas de financiamento, nas últimas duas décadas, o campo brasileiro passou por uma verdadeira revolução. E, além de começar a abastecer inteiramente o mercado interno, se internacionalizou.

Atualmente, as regiões rurais voltadas para o agronegócio destacam-se por sua alta produtividade devido à utilização sistemática de novas tecnologias e sua inserção de relevo no mercado mundial. E, de acordo com levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) da Escola Superior de Agronomia da Universidade de São Paulo (ESALQ – USP), entre 1995 e 2015, a participação do agronegócio no Produto Interno Bruto (PIB) total do país foi em torno de 20% – destacando-se o setor de serviços ligado à atividade agrícola (o segmento de maior importância), seguido da agroindústria e de agropecuária. E, nos dias atuais, em que as projeções para o crescimento do PIB não passam de 0,4%, tudo indica que ainda será o agronegócio a alavancar esse pequeno crescimento!

Da perspectiva do mercado de trabalho, as expectativas também são bastante promissoras. Falta força de trabalho qualificada, e a tendência, revelada pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio contínua (PNAD), referente ao período entre 2012 e 2016, indica um crescimento do trabalho formal e o aumento dos rendimentos dos ocupados nesse segmento.

Para aproveitar as novas oportunidades, cresce no país a oferta de cursos de graduação e especialização voltados para o agronegócio pelas universidades do interior – tanto em suas modalidades presenciais quanto online. Esse é o caso da UNOPAR, no oeste paranaense, que oferece um curso de especialização em Agronegócio, Desenvolvimento Sustentável e Legislação Ambiental.

O curso, voltado para graduados nas mais diversas áreas, visa fornecer uma formação ampla para os futuros profissionais da área, contemplando tanto o conhecimento da organização da atividade agrícola e das várias estratégias de sustentabilidade quanto o conhecimento das legislações que a constrangem para a preservação ambiental.

Especializações em agronegócio, como essa oferecida pela UNOPAR, são uma ótima oportunidade também para os que querem se aproximar, aos poucos, desse promissor setor de atividades, mas, ao mesmo tempo, não abrem mão de morar nas grandes cidades. Os cursos oferecidos pelas universidades do interior também podem ser realizados nas capitais, local em que também é possível trabalhar com agronegócio, desenvolvimento sustentável e legislação ambiental, já que parte considerável das consultorias da área também se localizam nos grandes centros urbanos do país e seguem precisando de força de trabalho qualificada.

Assessoria de Imprensa

Sair da versão mobile