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Hanseníase tem cura e tratamento é oferecido de graça

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31/01/2018 08h00

CAMPO GRANDE/MS – A hanseníase – doença que tem esse nome em homenagem ao seu descobridor, o cientista norueguês Gehard Hansen (1841-1912) – sempre foi cercada por muitos mitos e preconceitos, que existem por causa da falta de informação. Em Campo Grande, foi realizado nesta terça-feira (30), o Dia D de combate à doença em alusão ao Janeiro Roxo na Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) Aquino Dias Bezerra – no bairro Vida Nova – região norte da Capital.

Os pacientes participaram de palestra e receberam orientações sobre a doença, que tem como um dos principais sintomas manchas dormentes, de cor esbranquiçada, avermelhada ou parda, que podem aparecer em qualquer parte do corpo e áreas da pele que não coçam, mas tem formigamento e dormência, com diminuição ou ausência de sensibilidade ao calor, frio, dor e ao toque.

A médica Graça Xavier explica que é a hanseníase é transmitida através da respiração pela bactéria Mycobacterium leprae e a detecção dos sinais e sintomas devem ser feitos o quanto antes para garantir a eficácia do tratamento.

Durante a palestra, a médica lembrou que doença sempre foi cercada por muito preconceito, devido às deformidades que podem acontecer caso a doença não seja tratada.

O diagnóstico da hanseníase é feito nas unidades básicas de saúde. A pessoa que apresenta qualquer dos sintomas citados, e suspeita que tenha a doença, deve procurar a Unidade mais perto da sua casa. Ali a equipe vai examinar, dar o diagnóstico, e logo iniciar o tratamento.

“A hanseníase tem cura.O tratamento é gratuito e está disponível nas unidades de saúde pública. Vale ressaltar que imediatamente após iniciar o tratamento, que dura entre 6 a 12 meses, mesmo os pacientes da forma contagiosa, cerca de 30% do total, já não mais a transmitem para as pessoas com quem convivem”, reforça a médica.

A autônoma Rosane Carneiro, 57 anos, aproveitou a oportunidade para tirar algumas dúvidas sobre a doença.

“Eu ouvia falar sobre essa doença, mas não sabia como eram os sintomas e nem como era a transmissão. Eu até fiquei preocupada porque eu tenho uma manchinha no corpo, mas conversei com a médica e aparentemente não é nada. Eu acho muito importante a gente ter esse tipo de informação. Eu mesmo vou transmitir o que eu aprendi aqui hoje para os meus conhecidos porque caso alguém tenha, é preciso fazer o tratamento o quanto antes”, disse.

Janeiro Roxo

O principal ponto da campanha é alertar a sociedade sobre os sinais e sintomas da doença e incentivar a procura pelos serviços de saúde. Além disso, também propõe mobilizar os profissionais de saúde quanto à busca ativa de casos novos e a realização de exame dos contatos, divulgar a oferta de tratamento completo no SUS e promover atividades de educação em saúde que favoreçam a redução do estigma e do preconceito que permeiam a doença.

No ano de 2017 foram notificados 77 casos novos da doença em Campo Grande. Já Em 2016, foram notificados 85 novos casos da doença.

O tratamento é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde de forma gratuita, trata-se de um tratamento poliquimioterápico (PQT), que é a associação de rifampicina, dapsona e clofazimina. Essa associação diminui a resistência medicamentosa do bacilo, que ocorre com frequência quando se utiliza apenas um medicamento, e impossibilita a cura da doença. O tratamento dura de 6 meses a 1 ano, podendo ser prolongado por mais 1 ano.

CG Notícias

Sesau/CG Notícias

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