04/05/2018 09h32
Falta de atenção e cuidado no trânsito, descuidos em relação à segurança em casa (escadas e lajes), mergulho em águas rasas (rios, lagos e piscinas) e enfraquecimento dos ossos são as principais causas de traumas na coluna. É o que explica o neurocirurgião Dr Andrei Joaquim, da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), que acrescenta à lista as práticas esportivas de maior risco: “Nota-se um aumento da incidência nos últimos anos com a popularização da prática de esportes radicais ou de contato”, explica.
Traumatismos raquimedulares (TRM), mais conhecidos como fraturas da coluna vertebral, podem afetar a medula em cerca de 20% dos casos e o agravamento do trauma, mesmo em lesões mais leves, pode provocar paralisia.
Para o especialista, apesar da agilidade e eficácia do atendimento e do resgate, além da evolução nos exames diagnósticos e no manejo clínico e cirúrgico desses pacientes, a prevenção ainda é o melhor tratamento. “Antecipar situações onde haja risco de acidentes nas estradas, cuidados na manutenção de motos e automóveis, evitar locais com risco de queda, bem como o uso de equipamentos de segurança e de boas práticas durante o esporte são fundamentais para se evitar ou amenizar os riscos de TRM”, explica Dr. Andrei.
A recuperação também deve ter o acompanhamento do especialista e disciplina nas recomendações por ele passadas. Na primeira semana, o paciente deve ficar de repouso absoluto. Aos poucos, as atividades diárias mais leves podem ser feitas, como caminhar e sentar. O doutor alerta sobre as limitações: “Evitar exercícios pesados, como correr, nadar ou levantar pesos, respeitando todas as indicações do médico”.
Todos os anos, a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia realiza a campanha “Neuro em Ação”, e inclui o alerta dos cuidados com o mergulho em águas rasas. Acidentes em rios, lagos, represas e piscinas, além de áreas marítimas rasas com pedras podem causar traumas na coluna, com sequelas irreversíveis.
Assessoria de Comunicação
