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Setor da construção civil tem visões distintas sobre economia brasileira

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23/07/2018 16h31

O setor da construção civil se divide entre os possíveis cenários da economia brasileira no restante do ano. Em Minas Gerais, as empresas acreditam que o ano já está perdido, enquanto em São Paulo há a expectativa de aquecimento nos próximos meses.

Estudos recentes elaborados pela Gerência de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), dão conta de uma queda de confiança dos empresários para o setor neste ano e um aumento dos custos de construção no mês de junho.

O Custo Unitário Básico de Construção (CUB/m² – projeto-padrão R8-N) aumentou 0,49% no mês passado, a segunda maior alta do ano. A maior elevação do ano de 2018 foi em abril, quando o índice avançou 1,45%. O indicador é importante para analisar os valores do setor e acompanhar a evolução do preço de material de construção – desde bomba submersa do alicerce até a tinta do acabamento –, mão de obra, despesa administrativa e aluguel de equipamento.

Entre os itens que compõem o indicador, a mão de obra representou, em junho, 55,92% do custo, enquanto os materiais de construção responderam por 39,82% e as despesas administrativas/aluguel de equipamentos, por 4,26%. “Com o baixo patamar de estoque de novas unidades disponíveis para comercialização, a pressão exercida nos custos tende a influenciar diretamente o preço dos imóveis”, disse o coordenador sindical do Sinduscon-MG, Daniel Furletti, ao jornal Estado de Minas.

Toda essa retração gera insegurança e baixas expectativas para o segundo semestre deste ano. As incertezas quanto às políticas do próximo governo influenciam o mercado, que não sabe quais serão as novas diretrizes para os negócios. A mudança do cenário externo e o baixo ritmo de recuperação da atividade econômica são outros fatores que geram dúvidas sobre o crescimento do setor em Minas Gerais.

Em contrapartida, o setor da construção civil em Marília (São Paulo) está aquecido. O motivo é o sonho da casa própria, impulsionado por pessoas que conseguem sair do aluguel em busca desse tipo de empreendimento. Outro motivo é o aumento de pessoas com carteira assinada – 468 pessoas foram contratadas em 2018 pela construção civil.

Com isso, o setor vislumbra boas possibilidades de negócio para o segundo semestre de 2018. Diversos imóveis estão sendo construídos. Alguns, com previsão de entrega para o final de 2018. Entre as modalidades de empreendimentos estão apartamentos de médio e de alto padrão, além do Programa Minha Casa, Minha Vida”.

Assessoria de Comunicação

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