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Brasil é o país com mais super-ricos da América Latina, diz banco suíço

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03/11/2018 10h45

São poucos, mas são os que mais têm — ao menos em ações, ativos e contas bancárias. Suas fortunas somam mais de seis zeros e, em alguns casos, superam os US$ 500 milhões (R$ 1,83 bilhão, na cotação de outubro). São presenças constantes em qualquer leilão de imóveis de luxo, de empresas, de veículos ou de obras de arte. A grande maioria vive em países onde se concentram os maiores capitais do mundo, mas há uma grande parte dela na América Latina.

Um relatório sobre riquezas individuais a nível mundial publicado pelo banco suíço Credit Suisse publicado no final de outubro revelou que mais de 1.700 latino-americanos são considerados indivíduos com um patrimônio líquido “ultra-alto”, ou seja, fortunas superiores a US$ 50 milhões (R$ 183 milhões). São os chamados super-ricos.

O estudo, realizado pelo Instituto de Investigações da Suíça, analisa as riquezas de cinco milhões de pessoas em todo o mundo: dos mais pobres até os tais super-ricos. Estados Unidos, China, Alemanha, Grã-Bretanha e Japão encabeçam a lista a nível mundial: são neles também em que se encontra o maior número de milionários (o que têm ao menos US$ 1 milhão, ou R$ 3,68 milhões), mas onde estão a maior parte dos indivíduos com fortunas superiores a US$ 500 milhões.

De acordo com a investigação, o número de pessoas com patrimônio superior a US$ 1 milhão chegava até junho de 2018 (quando o estudo acabou) a 42,2 milhões de indivíduos no planeta, o que supõe um crescimento de 2,3 milhões de milionários em relação ao ano anterior.

O Credit Suisse estimou que os resultados sugerem que 9,5% da população mundial possui 84,1% da riqueza global, que chega a US$ 317 bilhões (R$ 1,16 trilhão), segundo os cálculos. As mulheres, segundo o documento, controlam 40% desse patrimônio.

Na América Latina, o banco suíço afirma que existiam 458.443 pessoas com fortunas que superavam US$ 1 milhão até junho deste ano. São as chamadas milionárias. Delas, 1.782 contavam com um patrimônio líquido “ultra-alto” por possuírem mais de US$ 50 milhões (as super-ricas) — 161 delas acumulavam riquezas superiores a US$ 500 milhões.

O Brasil encabeça a lista, com 659 super-ricos e 65 pessoas com mais de US$ 500 milhões em patrimônio líquido, seguido do México, onde mais de 95 mil pessoas são milionárias e outras 435 têm fortunas superiores a US$ 50 milhões. O Chile vem em seguida, com 202 super-ricos (incluindo o presidente do país, Sebastián Piñera) e cerca de 59 mil milionários, apesar de ser considerado o “campeão da América Latina” pelo Credit Suisse por ser o país latino-americano com a maior riqueza per capita.

Colômbia e Peru estão abaixo, deixando a Argentina nas últimas posições — 98 super-ricos e 28.530 milionários (além de 10 pessoas com mais de US$ 500 milhões). De acordo com o estudo, a desvalorização do peso argentino e a situação econômica do país contribuíram para que sua posição piorasse em relação ao ano passado.

O Credit Suisse estimou que o crescimento da riqueza na América Latina será mais lento do que em outras regiões do mundo, tanto em termos de ativos totais como no número de pessoas que fazem parte dela.

“Dada a recente turbulência econômica na América Latina e nossa projeção de menor crescimento para a região, esperamos que a quantidade de milionários aumente em cerca de 28%, a segunda taxa de crescimento mais baixa do mundo”, diz o relatório.

A projeção marca uma reversão da conclusão do banco em 2017, quando se estimava que a população milionária na América Latina aumentaria 54% até 2022, por causa das recuperações do Brasil e da Argentina.

Assessoria de Comunicação

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