12/09/2019 17h31
Dados da indústria e sindicatos ligados à construção civil apontam que o setor está em recuperação. A previsão, segundo entidades, é que o crescimento seja de 3% este ano, e maior em 2020 com concessões, privatizações e aumento do recursos para o programa Minha Casa, Minha Vida.
As betoneiras já estão em ritmo acelerado e as vendas de cimento, um dos principais insumos deste mercado, voltaram a crescer. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), em abril deste ano, 4,4 milhões de toneladas do produto foram comercializadas no país, um aumento de 0,2% em relação ao mesmo mês de 2018. No acumulado de janeiro a abril a alta é ainda maior, totalizando 17 milhões de toneladas, alta de 0,9% sobre o mesmo período do ano anterior.
O presidente da entidade, Paulo Camilo, disse em entrevista ao jornal Comércio da Franca, que a aprovação da Reforma da Previdência, junto com outras medidas pró mercado, são fatores que podem deixar o ambiente ainda mais promissor. “De qualquer forma, no nosso cenário de referência, mantemos a projeção de crescimento de 3% para 2019, contando também com um segundo semestre mais forte, tradicional no segmento”, afirma o executivo, que também preside a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).
Outro dado otimista vem do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP). De acordo com levantamento da instituição, o número de postos de trabalho na construção civil brasileira subiu 1,02% no primeiro trimestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2018. “De fato, está havendo um aumento do emprego na construção civil nacional, embora em um ritmo menor do que o esperado”, ressalta o presidente do Sinduscon-SP, Odair Senra, ao Comércio da Franca.
Para ele, entretanto, o setor deve voltar a atingir patamares satisfatórios de expansão em 2020 com as concessões e privatizações que irão estimular obras de infraestrutura.
Assessoria de Comunicação
