08/01/2021 19h24
O primeiro relatório de 2021 emitido pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS) aponta que mais de 90% da safra em andamento, encontra-se em boas condições. O número positivo pode revelar produtividades ainda melhores no momento da colheita, mas segundo a entidade, para que ocorram boas surpresas é preciso estar atento às chuvas de janeiro e do primeiro decêndio de fevereiro, sem se descuidar dos manejos essenciais de pragas e doenças.
“Vale lembrar que o produtor sul-mato-grossense está cumprindo seu papel no monitoramento de doenças, pragas e plantas daninhas, uma vez que as populações dessas moléstias estão sendo mantidas em níveis não prejudiciais para a boa produtividade”, explica o presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi. “Entretanto, não é hora de relaxar nos protocolos de manejo. Estamos entrando na fase mais crítica da lavoura, de enchimento de grãos, e todas as ações para controle de doenças e pragas devem ser seguidos”, completa.
Segundo a Aprosoja/MS o mês de janeiro sempre é marcado por veranicos acentuados. Esses períodos sem chuva e com altas temperaturas prejudicam de sobremaneira o enchimento de grãos, podendo matar a cultura, com o calor intenso e longos períodos de falta de chuva. Nesta situação, o fenômeno da evapotranspiração, conhecido como “suor da planta”, fica muito elevada e, consequentemente, o solo não consegue suprir a maior demanda hídrica de todo ciclo da soja. “A falta de chuva ou mesmo chuvas inexpressivas, combinadas com altas temperaturas são as maiores preocupações do produtor nesta etapa”, sinaliza Dobashi.
Por ora os números divulgados pela Associação representa um salto de 2,3 milhões, safra 2014/15 para 3,4 milhões de hectares cultivados em 2019/20. E a produtividade média que era abaixo dos 50 sacos por hectare, chegou a 56 sacos por hectare na safra passada, ou seja, em cinco safras Mato Grosso do Sul avançou praticamente 50% de sua área cultivada com soja, conseguindo incrementar a produtividade média em quase 12%.
“Os números representam um avanço muito expressivo da cultura da soja no estado. Não crescemos só em área, mas também em produtividade. E o que é mais importante: Sem desmatamento. Nossos números apontam o crescimento muito acima do esperado pelo Mapa, tanto em produção, quanto em área cultivada, sempre em cima de pastagens degradadas, o que nos coloca em um patamar de sustentabilidade muito elevado. O produtor sul-mato-grossense entra em áreas de baixíssimo desfrute, com pastagens totalmente exauridas e as coloca para produzir de maneira exemplar, conseguindo boas médias de produtividade, logo no primeiro ano”, aponta Dobashi.
A Aprosoja/MS estima até o momento um aumento de área plantada em aproximadamente 7,55% em relação à safra passada, passando de 3,389 milhões para 3,645 milhões de hectares. Para tanto, é esperado aumento de 2,35% em relação a expectativa do volume de produção de grãos, passando de 11,325 milhões de toneladas na safra 2019/2020 para 11,591 milhões de toneladas na safra 2020/2021. A produtividade para a safra em andamento está estimada em 53 sacas por hectare.
Assessoria de Imprensa