Provavelmente você já ouviu algum especialista em saúde mental mencionar a ferida emocional da rejeição. Mas, afinal, o que é? Como identificar e como tratar?
A rejeição em sua tradução literal está relacionada à resistência, desprezo e recusa, também pode ser interpretada como “não amar” algo ou alguém. Essa ferida emocional é resultado da infância, geralmente de rejeição por partes dos pais, ainda que em muitos casos, não haja a intenção por parte deles.
Muitas pessoas experimentam relacionamentos conturbados, sofrem em qualquer experiência de troca emocional por conta da ferida emocional da rejeição.
Essa rejeição nem sempre é experimentada em sua forma literal, em casos de superproteção, por exemplo, a criança pode vir a acreditar que é rejeitada por não ser aceita como é, como se ela tivesse capacidades não válidas.
Neste artigo, o portal Mulher Quebrada esclarece os principais pontos em torno dessa ferida emocional.
COMPORTAMENTO DE UMA PESSOA QUE SOFRE COM A FERIDA DA REJEIÇÃO
Há dois comportamentos que costumam coexistir em pessoas que sofrem dessa ferida:
- Autodesvalorização;
- Busca incessante por perfeição (sensação de frustração muitas vezes por não alcançá-la).
A pessoa que sofre da ferida emocional da rejeição constantemente está em busca pelo reconhecimento do outro e esse desejo dificilmente é saciado.
Em um relacionamento afetivo, por exemplo, geralmente é aquela pessoa que vai buscar de alguma maneira ‘se sacrificar’ a todo instante pela outra pessoa, como se fazer algo fosse servir como moeda de troca para o sentimento daquela pessoa.
Vale ressaltar que esse costuma ser um comportamento praticado sem qualquer auto percepção e questionamento.
Essa ferida leva a pessoa, em muitos casos, a sabotar possibilidades de relacionamento, sob o escudo de preferir ficar sozinha, porque com a atenção há maiores possibilidades de ‘desprezo’.
São pessoas que diante de contextos sociais, preferem se manter caladas ou falam muito pouco, apenas alimentando a sensação de ‘desimportância’.
Dificilmente a pessoa admitirá que sofre dessa ferida, até porque, em muitos casos, há a certeza de que foi muito amada na infância, porém, como já mencionado, até mesmo na superproteção a ferida de rejeição pode existir.
Essa criança não se sentia boa o bastante e cresceu acreditando que deveria sempre tentar ‘merecer’ algo de alguém. Essa pessoa, quando adulta, sofrerá com relacionamentos conturbados em diferentes contextos e terá sempre a sensação de que a qualquer momento será rejeitada.
O processo de aceitação da rejeição é o mais complexo e faz com que a pessoa negue pelo máximo de tempo possível, que enfrenta essa dor.
QUAL O CAMINHO PARA A CURA?
O primeiro passo para se curar da ferida emocional da rejeição é identificando e admitindo que existe o problema. Dificilmente a pessoa conseguirá tomar essa atitude sem ajuda terapêutica e será preciso encontrar um especialista com experiência neste problema emocional.
Inicialmente serão trabalhados mecanismos para que a pessoa consiga prestar mais atenção a si mesma e para que passe a cuidar de sua autoestima sem a dependência de aprovação das demais pessoas.
Será necessário se perdoar pela maneira como se tratou a vida inteira, assim como perdoar as demais pessoas que provocaram a sensação, afinal, só são atraídas para a sua vida pessoas com o mesmo grau de maturidade emocional.
A pessoa com a ferida emocional da rejeição dificilmente consegue se colocar em primeiro lugar e esse será um importante desafio para a jornada de cura. Geralmente são pessoas que não acreditam merecer o que há de melhor para as suas vidas e este é um comportamento que precisa ser revertido no processo terapêutico.
Se você sente que sofre deste problema e deseja se aprofundar mais, procure o auxílio de um especialista experiente que possa te ajudar.
Fonte: portal Mulher Quebrada.