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Entenda sobre o Transtorno Opositivo Desafiador

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Toda criança faz birra e isso é normal. Mas devemos estar atentos se o pequeno tem um padrão frequente e persistente de raiva ou irritabilidade em relação aos pais e figuras de autoridade. Se isso acontecer pode ser Transtorno Opositivo Desafiador (TOD). No TOD os comportamentos são mais agressivos do que os de seus colegas da mesma idade.

Entenda sobre o Transtorno Opositivo Desafiador
Divulgação

Uma forma de diferenciar uma birra comum da presença do TOD é a gravidade do comportamento opositivo e a duração que ocorre. Para serem diagnosticados com TOD, é necessário ter problemas de comportamento extremos há pelo menos seis meses.

Às vezes, é difícil reconhecer a diferença entre ‘personalidade forte’ e o transtorno. Os sinais de TOD geralmente começam durante os anos pré-escolares. Podem acontecer casos de se desenvolver mais tarde, mas em sua grande maioria ocorre antes dos primeiros anos da adolescência. O comportamento causa prejuízos significativos na família, nas atividades sociais e na escola.

Sintomas comuns do transtorno são estar incomumente zangado e irritado; perder a paciência e irritar-se com facilidade; discussões constantes com figuras de autoridade; recusa a seguir regras e comportamento vingativo.

Após o diagnóstico, é necessário e prudente fazer uma investigação sobre a presença das outras três comorbidades mais comuns associadas ao transtorno: Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno de Humor Bipolar (THB). Ignorar a possível presença destes transtornos em conjunto com o TOD pode atrasar o processo terapêutico da criança em tratamento. Além de trazer mais prejuízos.

O tratamento do TOD é um tratamento multidisciplinar orientado por pediatras e psiquiatras. A medicação tem apenas a função de diminuir as crises de raiva e fazer com que a criança tenha mais flexibilidade para lidar com as frustrações de seu dia a dia, mas apenas tem efeito quando aliada a outros tipos de terapia, como a Terapia Cognitiva Comportamental. Caso desconfie que uma criança possui TOD Leve-a para uma consulta com o pediatra.

Por Dr. Clay Brites – pediatra, neurologista infantil e um dos fundadores do Instituto NeuroSaber

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