O ano de 2021 foi o momento de repensar os negócios. Durante a pandemia, tivemos a migração para o digital e uma grande adesão ao delivery: a participação desse meio cresceu muito e uma parcela significativa das empresas de foodservice encontrou nele uma forma de gerar receita e até mesmo crescer.
Outra tendência no ramo de alimentação foi a abertura de muitos negócios próprios digitais sem atendimento físico – com atuação somente pela internet – por pessoas que haviam perdido o emprego e viram no empreendedorismo uma forma de se manter e obter renda.
Neste cenário, muitos aproveitaram a oportunidade para continuar crescendo. Porém, ao mesmo tempo em que tivemos a inserção de novos negócios e o crescimento de outros, tivemos um momento de seleção. Muitos estabelecimentos já não apresentavam os melhores números e, por isso, tiveram que fechar.
Esse processo abriu espaço para aqueles que estavam mais fortes e mais estruturados expandirem sua atuação. Quando as lojas físicas puderam, finalmente, abrir sem restrições, estas estavam preparadas para atender mais clientes por meio de diferentes canais. Com isso, muitos alcançaram o patamar de 2019! Sabemos que esses casos não são absolutos, porém, de acordo com uma pesquisa da série Covid-19, realizada pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR) pela consultoria Galunion e pelo Instituto Foodservice Brasil (IFB), 63% das empresas ainda não recuperaram as vendas em relação à pré-pandemia, na comparação de outubro de 2021 com outubro de 2019. De qualquer forma, 37% afirmaram que superaram a receita no mesmo período.
Quando pensamos em 2022, temos boas e más equações para uma previsão. Ao mesmo tempo que temos um ano duvidoso por conta de questões econômicas e políticas, vemos o mercado de foodservice gradualmente voltando ao normal e, a meu ver, com grandes possibilidades de crescimento. Eu acredito que não haverá estagnação. O empresário brasileiro é um guerreiro, não desiste nunca, e isso é um grande trunfo que temos para seguir com a constante evolução deste mercado.
Ainda em 2022, deve ocorrer uma estabilização na aposta pelo mundo digital, principalmente no delivery. Com a abertura dos restaurantes e a possibilidade que as pessoas têm de sair para fazer as refeições, a venda por entrega deixa de ser a única opção para os consumidores. De acordo com o Mapa de Empresas, divulgado pelo governo federal, tivemos 10,5% de aumento na abertura de restaurantes e similares no 2º quadrimestre de 2021, em relação ao mesmo período em 2020. Já o fornecimento de alimentos preparados para consumo domiciliar apresentou um decréscimo de 11,4% no mesmo período de avaliação.
Muitos estabelecimentos que nasceram digitais, sem estrutura física e atuação apenas como delivery, devem ter o faturamento menor no ano novo e, com isso, a necessidade de se adaptar aparece mais uma vez. Já observei alguns empresários que começaram com atendimento puramente remoto pensando em abrir também um espaço físico. O tempo que vivemos é muito cíclico e precisamos estar preparados para tudo. Adaptação é a palavra-chave!
Neste cenário, aparece também como variante a batalha de custos para se chegar a melhores resultados. Neste aspecto, a automação de processos traz uma grande vantagem competitiva. Esta é uma tendência forte para 2022: totens de autoatendimento e aplicativos que ajudam o cliente a fazer seus pedidos e/ou realizar o pagamento sem a necessidade de um atendente. Tenho visto um aumento neste tipo de solicitação, algo que nos anos anteriores não era tão forte. Além de colaborar com a melhora de resultados dos restaurantes, atende a uma necessidade dos clientes, que cada vez mais preferem realizar suas escolhas e atividades sozinhos, sem a interferência de outro ser humano.
Apesar das conjunturas do Brasil para 2022, eu estou muito confiante de que o mercado de foodservice vai continuar se transformando, seja no atendimento remoto ou no salão. Muito ainda pode ser feito e tenho a convicção de que estamos indo no caminho certo. A revolução continua!
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Paulo Francez, CEO da E-Deploy, tem uma carreira na área de TI que pode ser resumida em uma palavra: inovação. Enquanto muitos estão seguindo as mais recentes tendências desse mercado que muda a todo o momento, Paulo tem o olhar voltado para o futuro.
Foi assim que, numa carreira de mais de 18 anos no McDonald’s, foi agente de várias transformações. Quando chegou na empresa, em 1988, a cadeia de fastfood tinha dois computadores e os restaurantes eram geridos no papel. Paulo participou do desafio de mudar essa realidade e sua capacidade de sempre vislumbrar as próximas tendências foram tão valiosas para a empresa que se tornou CIO.
Quando resolveu se aventurar no mundo do empreendedorismo, ao criar a E-Deploy, Paulo seguiu seu talento para captar as próximas tendências ao conceber a empresa para o mundo mobile. Idealizou, com sua equipe, soluções que colocaram grandes empresas no mapa da vanguarda tecnológica: PagSeguro, Natura, Gol, Azul e Burger King estão na lista de clientes.
Profissional de TI há 38 anos, Paulo Francez acredita que a área está vivendo seu momento de ouro com a democratização da tecnologia. “TI hoje responde para o CEO ou para o Vice-Presidente de Marketing, coisa inédita até então. É estratégica, porque o digital é estratégico. Uma empresa sem um pensamento no digital não conseguirá sobreviver. Esse é o peso e a importância que a área de tecnologia conquistou”, explica.
Sobre a E-Deploy
A E-Deploy é uma empresa brasileira de tecnologia especializada no desenvolvimento de soluções para gestão empresarial. Fundada em 2006, a companhia desenvolve serviços e produtos com soluções web e mobile totalmente customizadas. Conta com uma equipe de profissionais altamente qualificada em gestão e sustentação de aplicações e realiza acompanhamento, monitoramento e implementação de melhorias de sistemas já existentes, com soluções de aplicação para empresas de todos os tamanhos e segmentos. Conta com 270 colaboradores e tem projetos implementados em empresas como Natura, McDonald’s, Burguer King, Cielo, Swift, Marisa, Amil, Pag Seguro e Movida, entre outros.
Por Paulo Francez, CEO da E-Deploy