O livro eletrônico tem sido assunto recorrente nos últimos tempo. Os leitores eletrônicos, também presentes em tablets e smartfones, nem são identificados por alguns usuários, tantas são as opções nessas maravilhas tecnológicas que são celulares, talblets, etc., mas eles estão lá. Além das opções residentes nos próprios aparelhos, há um aplicativo para emular o kindle, o precursor dos e-reader (leitores eletrônicos).
Com toda essa revolução da comunicação e interatividade em ebulição, nós, escritores, além das editoras, tivemos que nos antenar e aderir ao e-book, o livro eletrônico. Fizemos isso porque o livro tradicional, impresso em papel, vai acabar? Não, isso não vai acontecer tão cedo. Vai demorar bastante para o livro eletrônico suplantar o livro como o conhecemos até agora. Talvez isso nem aconteça. A verdade é que eles podem conviver harmonicamente. A leitura do livro digital é cada vez mais popular, mas há que seja tradicionalista e conservador e continue querendo ler o livro impresso, para manuseá-lo, tocá-lo, fazer anotações nele, personalizar o livro que vamos ter em nossa biblioteca.
Então nós, que publicamos livros, finalmente entramos nesse novo mercado e, além do livro impresso, providenciamos também a versão eletrônica, para conquistarmos também os leitores que já estão usando os leitores eletrônicos, os leitores dos e-books, os livros digitais. Mesmo aqueles escritores que se consideram alternativos. Procurem meus livros na Amazon, pelo meu nome, que alguns deles já estão lá.
A verdade é que alguns de nós já publicava, desde meados da década passada, seus livros em versão eletrônica, colocando-os na internet, para serem baixados de graça. Ninguém cobrava nada. Agora é hora de começar é hora de colocar os livros em lojas virtuais, tentar vendê-los, pois o preço de um livro eletrônico ou digital é bem convidativo, menor do que o preço do livro impresso, pois ele não agrega o custo do papel, impressão, etc.
Estou prognosticando o fim do livro tradicional? Não, porque como já disse, isso não vai acontecer. O livro impressão conviverá harmonicamente com o digital, já está fazendo isso. Então, o livro de papel, manuseável, aquele que prescinde de qualquer fonte de energia a não ser a nossa vontade de ler, vai continuar, sim, por muito e muito tempo. Há até quem compre os dois: a versão impressa e a digital. Exagero? Mas há quem faça isso, sim.
De maneira que estamos nos adaptando às novas tecnologias, que podem ser um instrumento de incentivo ao hábito da leitura. E que podem caminhar paralelas aos recursos que já existiam e que continuarão existindo. Sem colisão. Apenas se complementando para aumentar o número de leitores nesse nosso Brasilzão tão necessitado de resgatar a sua cultura e a educação do seu povo. Precisamos resgatar tudo isso. A pandemia prejudicou ainda mais o que já estava ruim e abandonada, mas não é desculpa para que lutemos por elas.
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 42 anos em 2022