O inverno está chegando, prometendo ser mais rigoroso este ano. E como ocorre antes da entrada dessa estação, governos e entidades de classe se mobilizam em campanhas de arrecadação de cobertores e agasalhos para doar, em tempo, às pessoas carentes e necessitadas. Famílias inteiras, aos milhares, precisam de ajuda para enfrentarem todo ano a queda de temperatura.
Esta semana, numa atitude louvável do Governo de Reinaldo Azambuja, foi lançada a 7ª Edição da Campanha do Agasalho “Aqueça uma Vida”, que tem como meta superar o recorde do ano passado, quando foram arrecadas mais de 60 mil peças. Para o sucesso desse desafio, duas figuras importantes: a primeira-dama, senhora Fátima Azambuja, “Madrinha da campanha” e o Servidor público que não mede esforços para arrecadar o maior número possível de cobertores e agasalhos para crianças e adultos.
Da mesma forma, outros órgãos públicos e privados e pessoas da própria comunidade, além de entidades de classe e filantrópicas, entram nessa luta em benefício do próximo. A esperança é de que todas as necessidades sejam supridas e que ninguém, absolutamente ninguém, morra de frio em casa, no barraco ou na rua.
E esse trabalho de solidariedade no inverno nos remete a uma reflexão maior e mais profunda sobre a lei superior dada por Deus – Criador do Universo – a todo cidadão e cidadã e não apenas no Brasil, mas em todo o mundo: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Essa lei Divina é considerada a segunda mais importante que todos devem obedecer (a primeira é: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento – Mt. 22:37-39).
Lamentavelmente ela não tem sido obedecida por todos o tempo todo como deveria. Nesses tempos de crise econômica em que os preços dos alimentos e o custo de vida em geral estão nas alturas, tem sido cada vez maior o número de pessoas e famílias inteiras inclusive, que passam grandes dificuldades para sobreviver. Muitos pais, ao amanhecer, não têm sequer um pedaço de pão e um copo de leite para alimentar o filho.
Todos deveriam refletir e ajudar para que isso fosse possível a todos. As mudanças de mentalidade e de ações são tão profundas em cada um que se fôssemos relacionar o que cada um poderia fazer pelo bem da coletividade, pelo bem do próximo, preencheríamos textos suficientes para edição de enciclopédias e mas enciclopédias.
Entretanto, deixo aqui apenas algumas sugestões a determinados segmentos da sociedade:
À classe política – Vereadores, deputados estaduais, federais e senadores, deveriam ser mais honestos e solidários ao próximo, primeiramente adequando suas infraestruturas de seus respectivos legislativos à realidade brasileira e acabar de vez com essas mordomias e privilégios que mantêm em seus gabinetes luxuosos, com recursos financeiros vultosos e número de assessores que são uma afronta aos olhos e ao bolso do povo que os mantêm.
Seus salários também deveriam ser reduzidos e levados em consideração o valor do salário-mínimo vigente no país. Mais honestos e solidários também na aprovação de leis em benefício da coletividade e não contra ela, contra seus interesses, como lamentavelmente ocorre em todas as instâncias.
A classe empresarial também poderia ser mais solidária se pagasse salários dignos àqueles que fazem suas fortunas. Como pode um empresário ou uma empresa faturar milhões e até bilhões de reais dando em troca um salário-mínimo a seus empregados? Isso pode ser legal, mas é imoral. É injusto.
Os governos, da esfera municipal à federal, também deveriam se esforçar mais e focar em obras e ações que beneficiem a coletividade. É inconcebível o que já vimos no passado recente, o enriquecimento ilícito de governantes e suas turmas. O desvio de dinheiro público que poderia ser investido em mais saúde, mais educação e mais infraestrutura, que resultam em mais qualidade de vida ao povo. Basta de corrupção!
E o que dizer então de um judiciário onde até a Suprema Corte se corrompe, desequilibrando a balança da justiça, quando demonstra, vergonhosamente, a olhos públicos, sua preferência partidária política, rasgando literalmente a Constituição Brasileira?
Da mesma forma, todo indivíduo deve olhar para dentro de si e buscar corrigir e apagar sentimentos que afrontam o espírito solidário que é o que deve prevalecer em seu coração, mente e ação.
Afinal, é isso o que vale quando chegamos ao fim da jornada da vida. Nada de material juntado conta e sim o que fizemos de bom para nós mesmos e nosso próximo, com base nos ensinamentos e mandamentos de Deus.
Por Wilson Aquino – Jornalista e Professor