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Veja as causas e indicações de Síndrome de Cushing

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Quando se fala em sobrepeso ou obesidade, é comum associar o problema a maus hábitos alimentares e sedentarismo, mas o acúmulo de gordura no corpo pode ter origens bem diferentes. A síndrome de Cushing é uma delas. Também chamada hipercortisolismo, a doença é causada pela alta concentração de cortisol no corpo, conhecido como hormônio do estresse. O problema está no rol de doenças raras que afetam cerca de 13 milhões de brasileiros, conforme estimativas do Ministério da Saúde. Mas ainda não há dados específicos sobre o número de pessoas afetadas pela síndrome no país.
 

Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, mas entre os mais comuns está o acúmulo de gordura na região do abdômen e no rosto, o que, por vezes, destoa de braços e pernas, que continuam magros.
 

Sendo uma doença progressiva, a síndrome de Cushing também pode apresentar como sintomas estrias largas e violáceas (roxas) no abdômen, fraqueza muscular, hipertensão de difícil controle, pré-diabetes, cálculos renais, além de aumento nos pelos do rosto (principalmente nas mulheres), ciclo menstrual irregular, diminuição da libido e da fertilidade.
 

“Alterações glicêmicas e osteoporose em idade precoce também são achados comuns pertinentes ao tempo e avanço da doença”, ressalta a endocrinologista Larissa Figueiredo, consultora médica do Sabin Medicina Diagnóstica.
 

A especialista detalha que “a síndrome ocorre quando o nível de cortisol no corpo está desregulado, seja por fatores endógenos (internos) — quando as glândulas suprarrenais [acima dos rins] produzem o hormônio em excesso, ou a partir de fatores exógenos (externos), quando há uso em demasia de medicações derivadas do cortisol, a exemplo dos corticoides (anti-inflamatórios potentes)”.
 

O cortisol é vital para o funcionamento do organismo, ajudando a regular o humor, a pressão arterial, os níveis de açúcar no sangue e dando energia aos músculos. Também auxilia na função inflamatória do sistema imune e regula o metabolismo dos alimentos.

Diagnóstico e tratamento – Conforme o Ministério da Saúde, a maioria das pessoas com doenças raras recebe o diagnóstico tardiamente, por volta dos cinco anos, e chegam a consultar até 10 médicos com especialidades diferentes. No caso da Síndrome de Cushing, pode haver dificuldade na identificação devido à condição ser confundida com doenças de sintomas similares ou até mesmo apenas com ganho de massa corporal.
 

“O diagnóstico é feito pelo endocrinologista a partir de exames de sangue, saliva e urina de 24 horas. Com esse material coletado, é possível verificar os níveis de cortisol e ACTH [hormônio que pode levar ao excesso de cortisol] que circulam no organismo”, resume Larissa Figueiredo.
 

O tratamento para a síndrome varia a depender da origem. Se envolver a ingestão de medicações à base de corticoides (para tratar inflamações e alergias crônicas ou agudas), o médico irá avaliar a diminuição ou retirada total dos fármacos. Já se estiver relacionada apenas à produção no corpo, o tratamento poderá ser clínico associado a cirurgia.

Prevenção e cuidados – Para os casos em que a síndrome de Cushing é causada pelo aumento da produção de cortisol no organismo, ainda não há prevenção conhecida, “mas é possível evitar os riscos através de acompanhamento médico, ao evitar estresse e realizar o tratamento corretamente”, frisa Larissa Figueiredo.

Fonte: Comunicação

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