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Campo Grande

Novo acordo promove indicação geográfica da carne pantaneira

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A Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável (ABPO) assinou uma intenção de cooperação junto à ONG Wetlands International. A iniciativa das instituições visa promover o processo de Indicação Geográfica — IG da carne do Pantanal, que é um importante passo para a indicação de Procedência e Denominação de Origem e que deve elevar a rentabilidade da pecuária pantaneira.
 

“Com o IG, os consumidores poderão ter a certeza de que estão comprando a carne pantaneira, que é criada de forma sustentável há mais de 300 anos e é sinônimo de saúde para quem a consome”, elucida Eduardo Cruzetta, presidente da ABPO. Com o selo de origem, a carne pantaneira deverá alcançar uma maior valorização da produção, tanto no que diz respeito à pecuária orgânica quanto da pecuária sustentável certificada do Pantanal.
 

De acordo com Cruzetta, esse é mais um passo para que a população do Brasil conheça a cultura do Pantanal e mais uma maneira de fomentar a preservação do bioma: “A Pecuária Certificada é uma atividade sustentável e promissora, que possibilita agregar valor à carne e derivados, melhorando a rentabilidade da pecuária associada à manutenção do meio ambiente, da sua biodiversidade e sobretudo na preservação da cultura pantaneira”.
 

A certificação de Indicação Geográfica vai ao encontro dos valores do Programa Corredor Azul (PCA), da Wetlands International, que visa promover ações de fomento à conservação das áreas úmidas da Bacia do Prata, e, no Brasil, tem especial atenção para o Pantanal, essencial para a manutenção da biodiversidade, da cultura e das economias locais.
 

Razões que fundamentam a assinatura do termo de cooperação entre as duas instituições, conforme destaca a diretora executiva da Wetlands International Brasil, Rafaela Nicola. “No Pantanal, a pecuária tem grande importância econômica, mas também social e ambiental. Muitos dos proprietários rurais conseguem manter suas fazendas pecuárias sob práticas seculares que devem ser reconhecidas, por estarem mais adaptadas à dinâmica das enchentes e secas características da paisagem pantaneira. A manutenção da pecuária tradicional tem evitado os processos de exploração da terra em larga escala, como os que acontecem em outros biomas, com substituição das pastagens pela agroindústria e pecuária intensiva. Promover o fomento da carne orgânica e sustentável pode contribuir diretamente com a conservação do bioma, pois seguir com a produção orgânica e sustentável exige cumprir diversos critérios de adequação às leis e normas de proteção ambiental. Contexto que requer atenção redobrada ao gerenciamento de recursos naturais – solo, água, energia – e ao descarte de resíduos”.


Para o futuro, a ABPO disseminar as práticas de manejo sustentáveis e por meio das alianças mercadológicas desenvolvidas pela Associação, as Carnes, Orgânica e Sustentável de Origem Pantaneira, poderão ser encontradas nos principais mercados para produtos naturais e certificados, e em renomados restaurantes, já que grandes chefs da alta gastronomia dão preferência ao produto, por sua qualidade.

Fonte: Comunicação

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