Câmara Municipal de Campo Grande promoveu nesta terça-feira (20) Audiência Pública sobre o Dia Municipal em Defesa da Prescrição Legível, celebrado no dia 20 de setembro.
Como forma de promover ações de conscientização aos profissionais da saúde, vários atores da sociedade civil organizada, participaram da reunião que visa a mostrar o que é feito para desenvolver práticas que tornem prescrições médicas, odontológicas e da área saúde em geral cada vez mais transparentes.
A preocupação geral com o tema é que muitos pacientes têm dificuldade de aderir ao tratamento pelo simples fato de farmacêuticos não conseguirem interpretar as informações nas receitas.
Somado a isso, paciente pode estar sujeito também à ingestão de remédios que não fazem efeito nenhum para a enfermidade que está a tratar. Se a leitura da receita é feita errada, o medicamento também pode ser errado e causar prejuízos não só à saúde como também financeiros.
Segundo o vereador Dr. Jamal, proponente do encontro, é importante dividir o tema em dois setores, o público e o privado. “Unidades de saúde têm problemas estruturais, deficiência de computadores, sistemas lentos, prescrição no computador demora por falha na conexão. Já as privadas precisam de treinamento. Algumas aderiram aos sistemas de prescrição online, mas aqueles que não se adequaram é necessário treinar e fiscalizar”, comenta.
Para ele, o trabalho feito pelo Conselho Regional de Farmácia (CRF/MS), como a disponibilização de cursos de treinamento e técnicos para elaboração de programas para adequação à receita digital ajudam a mitigar o problema.
De acordo com o presidente do CRF/MS, Flávio Shinzato, a prescrição não legível é um mal crônico atual. “Como autarquia para lembrarmos a sociedade e prescritores, médicos, dentistas, ou seja, aquele que diz a receita para aquele que recebe, que a receita tem que ser legível para que a pessoa que faz dispensação, possa fazer com segurança e não prejudicar e nem atrasar o tratamento do paciente”, resume.
Fonte: Câmara Municipal de Campo Grande