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Feira aponta alternativas para pequenos produtores

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Na última semana, a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) levou um pouco do que a universidade produz em seus projetos de extensão a quem passou pela feira Tecnologias e Conhecimentos para a Agricultura Familiar (TECNOFAM) 2022. Elaborado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o evento é voltado a agricultores familiares, de forma que tenham contato com soluções tecnológicas sustentáveis para a produção e com alternativas e arranjos de sistema de produção, maquinário, implementos e equipamentos específicos para o seu formato de agricultura.
 
Por meio da Pró-reitoria de Extensão e Cultura (PROEX/UFGD), as faculdades de Ciências Agrárias (FCA) e de Ciências Biológicas e Ambientais (FCBA) marcaram presença na feira, que acontece a cada dois anos e, nesta quarta edição, recebeu mais de cinco mil pessoas. Com todo o apoio em infraestrutura promovido pela Embrapa, professores e estudantes mostraram como a pesquisa em tecnologias sociais realizada pela UFGD pode ser empregada de forma simples e sustentável em pequenas propriedades familiares que tiram o sustento do que produzem.
 
Pela FCA, foram apresentados projetos valiosos que impactam o dia a dia dos produtores, como o Projeto Armazenamento Seguro, coordenado pela professora Vanderleia Schoeninger, do curso de Engenharia Agrícola, e realizado em localidades rurais como forma de conscientizar a população, principalmente as crianças, sobre acidentes em unidades armazenadoras, como silos de grãos. 
 
Para quem se interessa pela criação de peixes, foram montados tanques utilizados na aquicultura, apresentados pelos professores Daniele Menezes e Guilherme Silveira e por estudantes do curso de Engenharia de Aquicultura. O grupo também mostrou como funcionam diversos tipos de aquaponia, sistema em que a produção de hortaliças é integrada à produção de peixes.
 
Focado na produção de ovinos, o projeto de pesquisa e extensão Ovinotecnia levou à TECNOFAM sua experiência com a criação de ovinos pantaneiros, uma opção para a diversificação da produção nas propriedades rurais. Coordenada pelo professor Fernando Miranda e integrado por estudantes de graduação e de pós-graduação em Zootecnia, a iniciativa propiciou que os visitantes vissem de perto exemplares de ovelhas pantaneiras criadas pelo grupo.
 
Até um biodigestor foi montado no local, para que o professor Euclides Reuter pudesse, de forma didática, demonstrar aos produtores como funciona a tecnologia que, a partir de fezes de animais, gera biogás e fertilizantes orgânicos. O protótipo foi construído especialmente para a feira.
 
Pela FCBA, foram apresentadas as diversas ações de extensão realizadas pelo programa Centro de Desenvolvimento Regional (CDR) no Assentamento Itamarati, localizado em Ponta Porã. À frente das atividades, a professora Juliana Carrijo Mauad participou do evento e apresentou ao público o que o CDR vem produzindo junto ao moradores em quatro anos de implementação e com a participação de diferentes faculdades, como, Ciências da Saúde (FCS), Administração, Ciências Contábeis e Economia (FACE) e a FCA.
 
Sucesso entre as crianças, o microscópio montado pela professora Marcia Russo em parceria com o curso de Engenharia de Aquicultura mostrou a importância da água de qualidade para a criação de peixes, por meio da análise da água utilizada nas ações aquícolas expostas na feira.
 
Participaram, ainda, da TECNOFAM, representando a UFGD, os professores Francis Henrique Firmino e Paula Padovese, com o Museu dos Solos, e a docente Mariana Zampar Toledo, com ação do projeto Diversificação agrícola para agricultura familiar, além de 35 estudantes, que se revezaram durante os três dias de evento.
 
Conforme a coordenadora de Extensão da universidade, Alzira Salete Menegat, com a participação da UFGD em eventos é possível entender a importância de se fortalecer canais de troca e de debate, como a TECNOFAM. “Oportuniza parcerias institucionais, em um esforço conjunto, que no caso dos integrantes dos projetos lá apresentados, se movimentaram para o repasse de conhecimentos de tecnologias sociais, o que configura compromisso social com vistas ao desenvolvimento de tecnologias e de metodologias que intensifiquem condições favoráveis para incremento da pequena produção”, concluiu a docente.

Fonte: Jornalismo ACS/UFGD

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