Aproveitar bem as primeiras horas da manhã é adotar a produtividade do dia como um mantra para a satisfação e a aprovação da própria consciência. Não significa ser um workholic que desperdiça a vida, mas o contrário. É usar os momentos com inteligência e estratégia para equilibrar as diferentes demandas de forma a dar atenção às partes que, em uma situação de tempo restrito, ficariam descobertas. Não raro, é a ocasião para a família e para os amigos que ficam em segundo plano.
Ser produtivo desde o início do dia permite cumprir metas e a busca pela harmonia nos distintos setores da vida. O que torna a pessoa amiga de si e dos outros. É estar de bem com a existência e de conseguir passar pelo teste do “cobertor curto” do tempo, cujas areias escorrem despercebidas para aqueles que não oferecem a devida atenção. As horas se extinguem e prejuízos podem ser causados para aqueles que não são disciplinados e previdentes com o seu uso.
Não é de se estranhar que, na antiguidade de diferentes culturas, o tempo sempre foi tratado com uma entidade poderosa que merece respeito e reverência. Não apenas as horas e os períodos cronológicos, mas também os momentos íntimos e pessoais que tornam a existência única.
Tempo é a condição para a vida e muitos apenas se dão conta quando já estão no final da jornada. Não deixemos para amanhã o que se pode fazer hoje, em especial o cuidado e o agradecimento àqueles que nos apoiam em nossa vivência. Em especial para Deus. Sem ele, o tempo não existiria.
Por Paulo Hayashi Jr – Doutor em Administração pela UFRGS. Professor e pesquisador da Unicamp.