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Campo Grande

Crie prêmio de incentivo à leitura

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Se a leitura é libertadora e transformadora, capaz de elevar o homem e até uma sociedade que lê, a patamares elevados, cheios das maiores belezas e riquezas que a vida pode oferecer, por que os incentivos a esse bom hábito são tão insignificantes no Brasil e não são estimulados não só pelas autoridades constituídas como também pela iniciativa privada, entidades de classe e a própria família?

Por que o Governo, em todas as suas esferas (municipal, estadual e federal), não incentiva especialmente as crianças, jovens e adolescentes (futuro da Nação) a não só adquirir esse hábito como também a ter fácil acesso a esse instrumento de conhecimento e sabedoria, que é inesgotável nas prateleiras das bibliotecas e livrarias?

Essa tarefa realmente deveria envolver a todos, dada à sua importância. É preciso se conscientizar do poder dos livros na formação das próximas gerações e daqueles (adultos) que estão aí na luta por melhores espaços e condições de vida.

O escritor estadunidense Henry David Thoreau confirma a importância dessa busca quando afirma: “Muitos homens iniciaram uma nova era na sua vida a partir da leitura de um livro”.

É lamentável saber que Carlos Drummond de Andrade está certo quando diz que “A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede”.

A leitura é tão poderosa e transformadora, que nas ditaduras, nas guerras e nos governos totalitários, o acesso aos livros é geralmente o primeiro a ser dificultado, dado ao seu poder, quando é devidamente compreendido.

Uma grande Nação, de fato se faz com homens e livros, como muito bem dizia o escritor Monteiro Lobato. Daí a necessidade justificada de se promover, em todos os níveis de uma sociedade, os meios de incentivo à leitura, especialmente, como já disse, desde os primeiros anos de vida do indivíduo.

Desta forma, meninos e meninas, certamente serão “fisgados” pelo gosto e prazer da leitura. Aí então, teremos, no futuro, uma geração muito melhor, quebrando paradigmas e derrubando estatísticas que lamentavelmente comprovam que o brasileiro lê muito pouco.

Há 3 semanas, enquanto discursava no púlpito de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, sobre a importância da leitura e dos estudos para se conquistar novos patamares profissionais, acabei inspirado a encerrar minhas palavras com o lançamento de um desafio: “Prêmio Jovem SUD de Leitura”, que contemplará não só os três primeiros colocados, que mais lerem livros este ano (de 1º de janeiro a 10 de dezembro de 2023), mas também todos os demais participantes. Uma forma inspirada de incentivar a todos, crianças jovens e adolescentes a lerem o máximo de livros ao longo desse ano que está começando agora.

Não tenho dúvida de quanto maior for o envolvimento de pessoas e segmentos nesse processo, no final, aumentaremos as condições de termos uma sociedade muito melhor, mais instruída, preparada e, consequentemente, determinada a buscar sempre o melhor.

Louvável o trabalho do vereador Ronilço, um guerreiro de fato nessa luta de transformar a cidade, numa comunidade de leitores, como ele prega.

Criador e fundador da Gibiteca de Campo Grande/MS, Ronilço Guerreiro foi eleito por conta desse trabalho. De luta em benefício de uma sociedade melhor. Uma sociedade que lê.

É sempre bom lembrar que o progresso e o desenvolvimento de uma cidade ou de uma nação só ocorrem quando temos uma sociedade bem instruída e preparada para isso.

Tudo isso sem contar com a beleza do conhecimento e o prazer da imaginação fértil que a leitura permite às pessoas. José Saramago está certíssimo quando diz que “A leitura é, provavelmente, uma outra maneira de estar em um lugar”.

E nossa imaginação é mesmo incrível, pois basta apenas uma centelha pequenina de informação, encontrada numa página de um livro, para ela criar e materializar lugares e coisas fabulosas. Sim! Pois afinal, “a leitura engrandece a alma”, como disse Voltaire. Então, você empresário e lideranças políticas, incentivem o conhecimento. Criem prêmios de incentivo à leitura.

 Por Wilson Aquino – Jornalista e Professor.

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