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A dor que mais dói

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Para alguns, segundo dito popular, a dor que mais dói é a que estamos sentindo no momento. Para outros, como Adam Smith, a dor moral e que afeta os sentimentos são superiores em profundidade e duração do que a agonia física do corpo. Em todos os casos, o sofrimento ativa o sistema de alerta e faz despertar àqueles que dormem nos desvarios dos excessos e das imprudências diante dos impositivos e deveres espirituais. Mais do que algo que aniquila o ser, o sofrimento como chacoalhão que cumpre as advertências de Paulo de Tarso: “Despertas tu que dormes” (Ef 5:14). Cabe a cada um responder de forma correta.

A dor que mais dói

São as consequências frente às escolhas que muitos ainda têm a dificuldade de aceitar a necessidade da maturidade e responsabilidade pessoal perante o destino e aos sabores ou dissabores da vida. Não haveria então sorte ou azar, mas apenas colheitas de escolhas passadas. É a lei da ação e reação. A dor então não mais como punição, mas como advertência para a necessidade por conhecimento, desenvolvimento moral e pelas podas das imperfeições internas. Com a aquilatação do ser, com os pesos justos, ganha relevância o papel da humildade e do amor. Nas palavras do poeta indiano Rabindranath Tagore: “Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança e sua canção. Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir.” Portanto, combatamos a dor pessoal com a alegria do próximo, pois assim alegraremos nossa alma.

Por Paulo Hayashi Jr. – Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.

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