A felicidade é o sentimento mais desejado pelo indivíduo. Sua busca por essa condição de vida é uma constante no seu cotidiano no trabalho, na sociedade, no lar e até mesmo em seu interior. O objetivo é encontrar e interiorizar os instrumentos necessários para que essa raridade, que gera prazer e alegria duradouros, se estabeleça no corpo e na alma, deixando-o em harmonia com seu eu e com tudo à sua volta.
Porém, assim como na natureza existe o diamante, o mais precioso dos minerais, e outras pedras coloridas e belas, porém sem grande valor econômico, por analogia, a felicidade e o prazer são da mesma forma, têm seus respectivos valores.
“Um dos desafios mais críticos que a humanidade enfrenta hoje é reconhecer a diferença entre felicidade e mero prazer. Satanás e outras forças são extremamente eficazes no esforço de convencer as pessoas de que o prazer deve ser o objetivo mais precioso. Ele, astutamente promete que, onde quer que seja encontrado, o prazer trará felicidade”, diz W. Eugene Hansen, membro da presidência dos Setenta, de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Ele afirma que a televisão e o cinema estão cheios de mensagens claras que encorajam e persuadem jovens e adultos a libertarem suas paixões para sentir felicidade. “E os resultados desses comportamentos irresponsáveis são muito claros: gravidez entre adolescentes, abortos, estupros, abuso de crianças, agressões sexuais, assaltos, drogas, doenças, alcoolismo e lares desfeitos. Todos eles influenciados por esta persuasão”.
James Talmage, membro da mesma igreja, confirma isso: “Esta é uma época de procura de prazeres, e os homens estão perdendo a sanidade nessa busca louca por sensações que apenas excitam e desapontam.
Nesta época de imitações, adulterações e falsificações, o demônio está mais ocupado do que jamais esteve no decorrer da história humana, forjando prazeres, tanto antigos quanto novos, colocando-os à venda nas formas mais atraentes, falsamente rotulados de felicidade”.
Então, diante disso tudo, o que é felicidade? Como e onde pode ser encontrada?
A resposta não poderia vir de melhor fonte senão da Palavra de Deus, já que a felicidade na vida pessoal e familiar é mais provável de ser encontrada na sua plenitude, quando fundamentada nos ensinamentos de Jesus Cristo.
Não é à toa que Ele próprio pergunta e também responde:
– Quem de vocês quer amar a vida e deseja ver dias felizes? Guarde a sua língua do mal e os seus lábios da falsidade. Afasta-se do mal e faça o bem; busque a paz com perseverança. Os olhos do Senhor voltam-se para os justos e os seus ouvidos estão atentos ao seu grito de socorro; o rosto do Senhor volta-se contra os que praticam o mal, para apagar da terra a memória deles (Sl. 34:12-16).
E para que ninguém duvide que os bons princípios morais e espirituais são a base da felicidade, uma pesquisa divulgada esta semana pelo Jornal Estadão, feita junto à comunidade paulista em celebração ao Dia Internacional da Felicidade (20/03) comprova que “a espiritualidade é o atributo mais decisivo para a sensação de felicidade dos paulistas”.
Entre 11 pilares avaliados, “espiritualidade” obteve o maior impacto. Entre os resultados surpreendentes da pesquisa, está a constatação de que não há relação direta entre renda e sensação de felicidade. Ou seja, muitas pessoas pobres são sim muito felizes. O Instituto Cidade nesta edição de 2023, entrevistou 5.777 pessoas em 71 municípios das mesmas regiões, entre 1º e 10 de março.
Essa pesquisa então confirma que “Feliz é aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, e cuja esperança está posta no Senhor seu Deus” (Sl. 146:5)
“Feliz aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz sereis, e te irá bem” (Sl. 128:1-2).
Os valores básicos para uma vida feliz incluem a bondade, a honestidade, a gratidão, a integridade, o trabalho, a paciência, a moralidade e o amor.
Por Wilson Aquino – Jornalista e professor.