Entre os dias 28 e 30 de novembro Campo Grande receberá um dos principais eventos da agricultura brasileira, o XVII Seminário Nacional de Milho Safrinha. Desta vez, sob organização da Fundação MS, o evento reunirá agricultores, empresários, pesquisadores e profissionais do setor agropecuário, com a finalidade de debater uma série de temas ligados ao milho safrinha, uma das principais culturas agrícolas de Mato Grosso do Sul, entre os temas, o pulgão, que será debatido pelo PhD João Spotti Lopez, da Usp/Esalq.
Capaz de reduzir a produtividade do milho, os pulgões se alimentam da seiva das plantas, o que pode enfraquecer as plantas de milho, prejudicando o desenvolvimento adequado e, em casos graves, levar a perdas na produção. Segundo o palestrante, João Spotti Lopez, é fundamental o controle para proteger a safra, mas os produtores rurais precisam ter estratégias.
“O produtor precisa se atentar que o pulgão ocorre mais na fase reprodutiva e, desde o início da cultura, são feitas muitas aplicações, começando as aplicações para percevejo, barriga verde, depois vem as aplicações para cigarrinha-do-milho, depois para lagarta-do-cartucho. Então, durante o desenvolvimento da cultura, já há muitos produtos sendo aplicados que acabam impactando também os afídeos, os pulgões. Por isso a necessidade de um manejo equilibrado”, explica o pesquisador, que palestrará no evento, no dia 29 de novembro, durante o painel “Estratégias para o manejo de molicutes e viroses”, que inicia às 8h30.
Caso necessárias aplicações de defensivos, Lopez recomenda que ocorra na fase de pré-florescimento, a fim de evitar o desequilíbrio, em função dos inimigos naturais dos pulgões, que devem ser mantidos. “Muitas vezes sesses inimigos naturais, são mantidos em níveis baixos, como as joaninhas, os crisopídeos, tesourinhas e outros. Havendo esse equilíbrio na cultura, junto de um bom manejo, esses inimigos naturais vão poder manter as populações dos pulgões em níveis mais baixos”.
Outra questão fundamental, que será abordado pelo palestrante é a escolha de híbridos do milho. “Utilizar híbridos resistentes ou moderadamente resistentes, e de um leque de medidas culturais que buscam reduzir inóculos, pode ser uma ação eficaz. E cuidar para que não tenha, após a cultura do milho, a ocorrência de plantas espontâneas, as tigueras, que vão servir de abrigo tanto para o vetor como também para os vírus transmitidos pelos pulgões”, recomenda Lopez.
O credenciamento para o evento acontecerá no dia 28 de novembro, a partir das 16h. Nos dias 29 e 30, a programação se inicia às 8h e se estender às 18h. Para mais informações e programação completa, acesse http://www.abms.org.br/snms2023/.
Fonte: Comunicação