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Educação Financeira: como economizar na compra do material escolar

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Famílias com filhos sabem que comprar o material escolar é uma das primeiras providências a serem tomadas no começo do ano. Esse custo, que costuma pesar no orçamento doméstico, pode ser reduzido com um pouco de planejamento, organização e uma boa dose de criatividade.

Mobilizar crianças e adolescentes para preparar um material personalizado, original e de baixo custo pode, ainda, ser uma ótima atividade para as férias, além de um momento propício para educar a turma sobre a responsabilidade com o meio ambiente e com o dinheiro, incentivando o consumo consciente.

Para ajudar você nessa empreitada, preparamos algumas dicas de como colocar a mão na massa e encontrar caminhos para economizar, sem comprometer a qualidade do material e o entusiasmo das crianças e adolescentes na volta às aulas. Confira!

Organize grupos e feiras de trocas

Hora de mobilizar a sua rede de contatos. Faça uma lista de todos os amigos, parentes e vizinhos que têm crianças e jovens em idade escolar. Use e abuse das redes sociais para ajudar na organização (crie um grupo no WhatsApp ou no Facebook, por exemplo).

Compartilhe com eles seu objetivo de economizar na lista de material escolar, convidando-os a participar desse grupo de troca. Peça que façam um levantamento daqueles itens que têm em casa e que podem ser reaproveitados: o que sobrou do último ano letivo e foi devolvido pela escola, os guaches e pincéis que ganharam como lembrancinhas de aniversários, as réguas antigas esquecidas numa gaveta qualquer e tudo o mais que estiver parado no armário. 

Essa é uma ótima oportunidade para mudar de mentalidade e convidar seus filhos e sua comunidade a fazerem o mesmo: não é porque os lápis-de-cores estão pela metade que precisam ir para o lixo e serem substituídos por uma caixa nova, por exemplo. O mesmo vale para papéis especiais e tintas.

Isso também pode ser aplicado para os livros escolares e uniformes. Incentive as crianças mais velhas a cuidarem bem dos livros e roupas, para que possam ser trocados ou doados para quem é mais novo.

Feito o levantamento, marque um dia e horário para um encontro (que pode ser online), no qual todos irão mostrar os itens que não usam mais e querem trocar, inclusive livros. As crianças podem – e devem – participar: cada participante vai escolhendo os itens de seu interesse. Daí, é só combinar como será feita a troca. 

Para facilitar, vocês podem escolher um único ponto de entrega e retirada – a casa de alguém do grupo que tenha um espaço aberto, como um quintal, por exemplo. Todos deixam o que irão entregar até uma data e, a partir desse dia, as demais famílias podem retirar.

Recicle cadernos antigos

De um ano para outro, acabam sobrando folhas em branco nos cadernos escolares. Essa  situação é tão comum quanto ter em casa cadernos começados que, por algum motivo, deixaram de ser usados. Para evitar o desperdício, você pode providenciar um momento artístico: desocupar a mesa da sala, forrar para não sujar e enchê-la com tinta, cola, retalhos de papéis coloridos e de tecidos para restaurar e personalizar os cadernos antigos, dando a eles uma nova cara. 

Ajude as crianças a fazerem o próprio estojo

Entre no espírito do DIY (Do It Yourself), e faça você mesmo! Você e as crianças podem montar o estojo do ano letivo com as cores, formatos e números de divisórias que quiserem. No Pinterest você encontra várias dicas e o passo a passo para criar um com a cara do seu filho. Que tal um estojo de papel, como ensina o canal Tio Lucas? Ou, se tiver habilidade com costura, vale conferir o tutorial Dicas da Ana Serpa

Restaure e customize as mochilas

Você não precisa trocar esse acessório só porque seu filho vai para outra série ou porque as outras famílias fazem questão de comprar uma mochila nova com os personagens do momento. Para ter uma vida financeira saudável, é preciso fugir do “efeito manada”, ou seja, aquele impulso de fazer o que todo mundo faz. Se a mochila está um pouco suja, vale uma lavada caprichada. Se o zíper está emperrado ou tem um rasgo maior, conte com a ajuda de um sapateiro. Consertar quase sempre é bem mais barato do que comprar. 

Se a mochila precisar apenas de um reparo nas partes descascadas, basta lixar com uma bucha de cozinha (para a base ficar lisa), passar tinta de tecido com a ajuda de um pincel e esperar secar. O mesmo processo pode ser feito com lancheiras e necessaires usadas na escola.

Dependendo de cada caso, ao colocar a mão na massa você pode fazer uma economia entre R$ 100 e R$ 200 aproximadamente, considerando os preços das mochilas à venda. Se elas tiverem personagens famosos estampados, pode sair ainda mais caro, por conta do custo de licenciamento.

Valorize a durabilidade dos uniformes escolares

Esse é um item que também pode pesar no orçamento, sobretudo para famílias que têm crianças pequenas, que crescem muito rápido e acabam perdendo a peça de um ano para o outro. Dependendo da idade e do desenvolvimento, às vezes, o uniforme precisa ser aposentado de um semestre para o outro. Quando a família tem mais de um filho na mesma escola, tudo fica mais fácil – um repassa para o outro e pronto. Se esse não é o seu caso, também é possível economizar neste item. 

Em primeiro lugar, procure conhecer e conversar com os pais das crianças que estão um ano à frente da sua. Pergunte o que costumam fazer com os uniformes ao final do período letivo. Se as peças estiverem em bom estado, é possível que eles queiram vender por um preço bem menor ou, se há um estreitamento de amizade, fazer um repasse ou doação. Você pode ainda disseminar essa ideia e beneficiar outros pais criando grupos de troca no WhatsApp ou no Facebook. 

Outro caminho é perguntar, na escola, o que é feito com os uniformes que são deixados por lá por alunos que já se formaram, mudaram de série ou que foram estudar em outra instituição. É muito comum as escolas manterem um estoque próprio de uniformes usados, muitos em bom estado. Se você manifestar seu interesse, pode garimpar ali algumas peças. Como retribuição, conserve bem e, no final do período escolar, devolva o uniforme ou doe para outras famílias, se as roupas ainda estiverem em bom estado.

Abuse dos sebos e bibliotecas para completar a lista de livros

Além do material, a turma do ensino médio e do fundamental também irá se deparar com a lista de livros obrigatórios. Um caminho inteligente para quem busca economia é recorrer aos sebos. Você pode encontrar aqueles mais próximos e, com a lista em mãos, fazer uma pesquisa dos livros. Ou recorrer às facilidades da internet. A plataforma Estante Virtual, por exemplo, tem um extenso acervo que reúne sebos do Brasil inteiro num mesmo canal. 

Se, ainda assim, a economia não for tão interessante, consulte a escola para saber como e em que período os livros serão usados e se existem alguns que, na ocasião, podem ser emprestados das bibliotecas.

Nesse caso, seu filho pode recorrer não só à biblioteca da própria escola, como também às bibliotecas públicas. No site do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas você pode encontrar as unidades mais próximas a vocês. Lembrando que, na rede que mobilizou com os outros pais, a troca de livros deve ser considerada.

Pesquise, pechinche e organize compras coletivas

Mesmo com toda essa atenção e dedicação, é improvável que você não precise comprar um item ou outro. Nesse caso, aproveite que você já promoveu uma mobilização de pais e proponha comprar coletivamente tudo o que faltou. Com a ajuda de mais uma ou duas pessoas, você pode verificar quais itens cada família precisa e propor uma compra conjunta.

É muito comum algumas papelarias, sobretudo aquelas de bairro, darem bons descontos quando recebem um pedido maior. Também é possível aproveitar as ofertas das grandes redes de magazines que vendem pacotes de materiais. Não se esqueça de pesquisar, comprar preços e pechinchar.

Na hora de comprar, tenha uma lista em mãos e compre apenas o que está nela. É mais fácil, também, não levar os filhos com você nesse momento – isso porque eles podem se empolgar e desejar itens mais caros ou que não são necessários no momento. Se não for possível deixar a criança com alguém, explique sobre a situação financeira e ensine a  importância de poupar.

Fonte: Febraban

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