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Emprego: saiba como prever uma demissão?

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O Brasil registrou, ao longo de todo 2023, mais de 23 milhões de admissões e 21 milhões de desligamentos de funcionários em cargos formais com carteira assinada no País. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

A relação entre patrão e empregado nem sempre costuma ser mil maravilhas. Mas, dá para saber quando um funcionário está preste a pedir demissão, ou quando o chefe está pensando em desligar um colaborador?

Segundo o especialista em gestão de carreira e professor de Gestão de Pessoas da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), Marcelo Treff, antes da demissão, é possível “prever” alguns sinais.

Sinais de que o colaborador vai pedir demissão ao chefe:

– Queda de produtividade proposital;

– Faltas e atrasos frequentes;

– Reclamações indevidas com colegas e com a chefia;

– Comportamentos agressivos, imorais ou ofensivos no ambiente de trabalho.

Sinais de que o chefe vai demitir o colaborador:

– Afastamento do superior, seguido de falta de feedbacks;

– Aumento de cobranças injustas;

– Não convocações para reuniões;

– Diminuição na distribuição de trabalhos;

– Reestruturação Organizacional, com muitas mudanças.

Ainda segundo o professor, antes da demissão, é possível que ambas as partes chegarem a um consenso de expectativas que evite o desligamento, mas isso depende muito da cultura da empresa, do momento da negociação, e da relação construída entre as partes.

“Se a relação já estiver muito desgastada, é mais difícil. No entanto, é possível negociar em busca de consenso antes da situação ficar desgastada. Empresas e trabalhadores precisam agir com transparência e buscar um acordo. No caso de empregados regidos pela CLT, o grande entrave á a multa do FGTS, pois o trabalhador não quer renunciar aos 40% e as empresas não querem arcar com esse valor, mais os 10% do governo”, acrescenta Treff.  

Entre os motivos mais comuns para que funcionários peçam demissão de uma empresa, estão: salários baixos, falta de reconhecimento e pouca perspectiva de plano de carreira; pouca flexibilidade das chefias para com os liderados; má gestão e liderança fraca, com pouco apoio aos liderados; problemas com a saúde mental, como estresse e burnout; falta de autorrealização e baixa motivação para exercer aquela função; clima de trabalho tóxico, entre outros. 

Já entre os motivos mais comuns que geram demissões por parte das chefias, estão: falta de aderência à cultura e clima da empresa; dificuldade de trabalhar em equipe; mau relacionamento interpessoal do colaborador para com seus líderes e colegas; atrasos, reclamações e comportamentos não colaborativos com a equipe, entre outros.

O especialista: Marcelo Treff é professor de Gestão de Pessoas da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP). Doutor em Ciências Sociais pela PUC-SP e Mestre em Administração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua com os seguintes temas: Gestão da Carreira, Gestão de Competências, Gestão de Pessoas e Comportamento Organizacional.

Fonte: Comunicação

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