Deus nos deu a vida para que pudéssemos realizar as nossas bem-aventuranças na terra. De termos a experiência justa e necessária para o acúmulo da aprendizagem, do desenvolvimento da inteligência e das aptidões para a perfeição do ser. Por meio do aparo das arestas e da reforma íntima, somos convocados a fazer o bem e dar a testemunha da grandiosidade da existência. Mais do que ficarmos tristes com a indiferença, a ingratidão e até mesmo a ironia daqueles que ainda não despertaram para a vida de trabalho e aprendizagem, a garra para seguirmos em frente. Nas palavras do apóstolo dos Gentios, Paulo de Tarso: “Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio” (2 Timóteo 1:7). Assim, somos convocados ao bom combate, de sermos hoje melhor do que ontem e de não nos acostumarmos com as nossas imperfeições.
A perfectibilidade é um projeto de longo prazo, mas que se move dia-a-dia através de nossos esforços e ações de superação. Quem não se constrange em trabalhar e servir em prol do caminho divino não há o que se arrepender depois. A jornada com a cruz pessoal é algo que cada um deve seguir em seu próprio ritmo, mas com a certeza de que Jesus o acompanha em cada momento. Olhar para dentro, fazer a transformação e o amadurecimento de dentro para fora é a trilha de desenvolvimento. Mais do que milagres, o resultado que vem com o trabalho constante, a disciplina régia, a labuta sagrada. Apenas com ânimos fortes obtemos vitórias ímpares sobre nossa própria sombra.
Paulo Hayashi Jr. – Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.