Conhecer-se é um exercício de saber seus pontos fortes e fracos para ter condições de superar os desafios, medos e bloqueios de modo autêntico, sem projeções e introjeções ilusórias. Quem conhece a si mesmo não fica apontando dedos para os defeitos alheios, mas prefere enfrentar suas próprias sombras e imperfeições. Correr de si é ir de encontro para as falhas dos outros como legítima atitude infantil de desviar dos desafios que realmente importam. Por outro lado, ao se enfrentar os temores internos é estar bem consigo mesmo e com a consciência de que o progresso está a caminho. Quem faz por si não fica descoberto, tampouco desperdiça tempo com querelas inoportunas e improdutivas. Mais vale o tempo gasto consigo mesmo, erguendo suas fortalezas do que aspirando os céus por meio das críticas das falhas alheias.
A busca do autoaperfeiçoamento também diminui o medo das críticas de terceiros por ter a segurança de saber o que de fato importa. Neste sentido, torna-se mais relaxado com os outros a ponto da recíproca ser verdadeira também. Assim, em comunhão com o próximo, há o polimento dos modos e do jeito de ser de cada um. A solidariedade impera aonde o egoísmo e a vaidade deixam de prevalecer. Com solidariedade, há a percepção de companheiros e irmãos que necessitam uns dos outros para a construção das obras que transformarão o mundo. Quando se integram esforços, o impossível torna-se possível e a luz se intensifica para a paz na Terra. Por isso, o Evangelho de Jesus Cristo de perdoar e amar a todos, inclusive seus inimigos, representa a espada de nossa vitória.
Paulo Hayashi Jr. – Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.