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Alerta: um em cada cinco infartos é fatal

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Conhecido popularmente como ataque cardíaco, o infarto agudo do miocárdio é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que no país ocorram de 300 mil a 400 mil casos anuais e que, a cada 5 a 7, aconteça um óbito. As principais vítimas são os hipertensos, diabéticos, sedentários, tabagistas e pessoas com colesterol e/ou triglicérides elevados.

“Isto acontece porque, na maioria dos casos, o colapso está relacionado à doença obstrutiva coronariana, uma condição que se desenvolve ao longo do tempo devido ao acúmulo de ‘placas de gordura nas artérias’, que impedem ou dificultam a passagem do sangue, culminando na morte das células de uma região do músculo do coração”, explica Dr. César Jardim, cardiologista e diretor clínico do Hcor.

No entanto, de acordo com o American College of Cardiology, as pessoas com menos de 40 anos estão tendo ataques cardíacos com mais frequência, com um crescimento de 2% na última década. “Os possíveis motivos são o estresse, a depressão e os transtornos de ansiedade, sobretudo devido à pandemia, quando aumentaram o sedentarismo, a obesidade, o tabagismo e até o uso de drogas”, revela.

Além disso, o próprio vírus da Covid-19 e outros que têm afetado mais fortemente a população desde então, como o H1N1, também levam a complicações. “Quando estamos infectados por algum vírus, ele pode causar danos e inflamação em diversos órgãos. Esse processo inflamatório pode reduzir e dificultar o bombeamento do sangue de forma adequada aos órgãos necessários, culminando em insuficiência cardíaca ou no infarto agudo do miocárdio”, esclarece o especialista.

Com tantas possíveis causas, saber reconhecer os sintomas de forma rápida e buscar ajuda médica são ações cruciais para a sobrevivência. “Entre as principais manifestações do ataque cardíaco, estão dor intensa no peito, falta de ar e sudorese. No entanto, estudos mostram que as mulheres podem ter sinais diferentes, por exemplo cansaço, problemas para dormir e respiração curta, que acabam sendo, erroneamente, associadas a problemas psicológicos, como depressão e ansiedade”, alerta o especialista.

O diagnóstico é realizado no hospital por meio do exame eletrocardiograma (ECG), que além de possibilitar detectar o infarto, permite identificar o tipo específico para o tratamento assertivo. “Dependendo do caso, podemos utilizar medicamentos que dissolvem os coágulos que estão impedindo a passagem do sangue pelas artérias, chamados de trombolíticos, e/ou realizar procedimentos de angioplastia, que são desobstruções das artérias do coração por meio do ‘cateterismo’”, conta.

Para não correr o risco, o melhor continua sendo investir na prevenção. “Controle da pressão do sangue, controle de colesterol, reduzir o açúcar do sangue, ser ativo, comer melhor, perder peso e parar de fumar. São medidas simples, que qualquer pessoa pode fazer, e que farão uma grande diferença para ter uma vida saudável, longa e produtiva”, finaliza Dr. César.

Comunicação Hcor

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