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Livro, para sempre

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O livro é uma das coisas mais importantes para o ser humano, hoje e sempre, e do qual devemos falar sempre, algo que devemos divulgar todos os dias. O dia 29 de outubro é o
Dia Nacional do Livro. Livro, este objeto mágico que pode trazer no seu
interior um mundo de conhecimento, de fantasia, de imaginação, de cultura, de
revelaçã. O guardião da história da humanidade, o registro de tudo o quanto o
ser humano já fez neste mundão de Deus. O receptáculo de toda a inteligência do
homem, até das teorias do que poderá vir a ser o futuro.

É bem verdade que ainda não é tão popular quanto deveria, pelo menos no Brasil,
pois ainda é caro para uma grande parcela do nosso povo, mas para quem gosta de
ler há alternativas como as bibliotecas municipais, escolares, de clubes e
associações, os sebos, etc. Essas bibliotecas nem sempre terão os últimos
lançamentos em seus acervos, mas sempre haverá algum bom título que não lemos.
Assim como os sebos, que oferecem um sem número de opções a preços razoáveis.

Com o avanço da tecnologia digital, o e-book, ou livro eletrônico, e os leitores
eletrônicos estão se popularizando cada vez mais e já há uma grande legião de usuários.
Vivemos, na verdade, uma revolução cultural. Eles, os tablets, os smartfones,
que também são leitores eletrônicos, estão na mão de todos. Inclusive no
Brasil, eles são o sonho de consumo de muita gente que gosta de ler e ainda não
o tem. Ainda que muitos daqueles que os adquirem acabem esquecendo da função de
leitores digitais dos aparelhos, tantas são as opções que eles oferecem: jogos,
filmes, internet, comunicação através de programas de relacionamento, correio,
vídeo-conversação, etc.

De qualquer maneira, o livro impresso, de papel, o tradicional livro como o
conhecemos até agora continuará por muito tempo ainda. E por mais que ele mude,
ainda continuará a se chamar livro, e o objetivo de perenizar e divulgar a
cultura e o conhecimento será o mesmo. Certeza é que o livro de papel pode
conviver harmoniosamente com o livro eletrônico e vice-versa.

Com a tecnologia da informática a serviço da leitura, a tendência é que o
hábito de ler se intensifique, até porque além do livro tradicional e do livro
digital, temos ainda o áudiolivro, que possibilita que os deficientes visuais
sejam, também, consumidores de literatura. Assim como aqueles que gostam de “ler”
enquanto fazem outra coisa, como dirigir.

Então talvez devamos comemorar tanta tecnologia a serviço da leitura, mesmo
considerando que o livro físico, aquele que podemos folhear, rabiscar e ler sem
dependência de nenhuma fonte de energia, a não ser a nossa visão e a vontade de
ler, não será extinto. Ao contrário, ele continuará firme, mesmo com todas as outras
formas de leitura que existem ou que porventura poderão vir a existir.

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor, cadeira 19 na Academia SulBrasileira de Letras, Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 44 anos de trajetória.

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