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Planejamento dos negócios pode minimizar impactos do clima e alta de custos

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Os efeitos do clima na agropecuária, que abriu o ano com seca no Sul do Brasil e fortes chuvas nas regiões do centro do país, e os custos de produção das lavouras, que encerraram em 2021 em alta, são as principais preocupações atualmente dos produtores rurais. Entretanto, para amenizar estas questões, o planejamento pode trazer uma previsibilidade para que os agricultores e pecuaristas possam ao menos atenuar estes efeitos.

De acordo com o consultor em gestão e governança para resultados, Márcio Gonçalves, no caso dos insumos agrícolas, historicamente os preços têm momentos de baixa mas há uma correção na sequência, o que mostra essa volatilidade. Para isso, o especialista recomenda que os produtores possam prever a realização das compras com a proteção do caixa do negócio rural.

Gonçalves lembra também que são três pilares que devem ser separados no planejamento. O primeiro deles, o mais comum, é o orçamento do negócio, ou seja, quanto é o gasto em cada hectare de sua área. “Este é o mais plausível e que todos começam a fazer, mas existem outros dois grandes grupos adicionais”, salienta.

O especialista se refere ao planejamento da família como o segundo pilar. “Mais de 90% dos negócios são familiares. Por isso é necessário saber como ficam os contextos dos negócios, quem são as pessoas mais alinhadas e capacitadas para tocar os negócios nos próximos cinco ou dez anos”, comenta.

Outro elemento importante, conforme o consultor, se trata do planejamento e gestão do patrimônio. “Precisamos saber como estamos alavancados, se estamos trabalhando em cima da terra de terceiros ou terras próprias. No fim, estes três grupos que vão gerar um diferencial lá na frente, quais os movimentos e ambições para prosperar nos negócios”, observa.

De acordo com Gonçalves, o planejamento financeiro também está dentro das previsões de quebras por problemas climáticos. Explica que muitos produtores têm investido na irrigação como forma de amenizar os impactos de recorrentes estiagens. “Eles percebem que não podem ficar à mercê do clima. Na medida em que se pode mitigar alguns riscos, essa mitigação passa por estes investimentos. Isso está dentro do planejamento, quanto da margem podemos utilizar para reinvestir para ter uma menor exposição à riscos”, complementa.

Foto: Divulgação
Texto: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective

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