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11 de fevereiro é o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência

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Não há desigualdade em desfavor dos homens, pois os homens sempre estiveram em situação privilegiada perante às mulheres.

Hoje celebramos o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, instituído em 2015 pela Assembleia das Nações Unidas, com o objetivo de dar visibilidade ao papel e às contribuições fundamentais das mulheres nas áreas de pesquisa científica e tecnológica.

11 de fevereiro é o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência
Arquivo Pessoal

Sem dúvida, serve a data para relembrar a importância da igualdade entre homens e mulheres na construção de uma sociedade justa e solidária, nos moldes determinados em nossa Constituição, especialmente no que diz respeito ao artigo 5º, que trata dos Direitos Fundamentais, bem como a importância de que todas tenham o direito de estudar, sendo afastadas do trabalho doméstico como forma de suprir as necessidades de adultos.

Em um momento de recrudescimento da violência contra a mulher é importante ressaltar que esta violência ocorre por diversos meios, não apenas fisicamente.

Assim, deixar as meninas falarem e participarem das soluções dos problemas propostos em sala de aula, nas famílias e na sociedade é de crucial importância para que se aflorem as oportunidades de novas cientistas no futuro e a violência seja reprimida no seio da sociedade.

Investimentos em ciências e na educação, de forma a permitir que os bons projetos capitaneados por mulheres, sem preconceito, tenham as mesmas oportunidades dos projetos masculinos, são fundamentais.

Ambientes tradicionalmente ocupados por homens, como a engenharia, por exemplo, devem cada vez mais serem ambientes também abertos às mulheres. Este fato não comporta qualquer discussão séria, bem como o fato de não há desigualdade em desfavor dos homens, pois os homens sempre estiveram em situação privilegiada perante às mulheres.

E, não obstante, relembrando as ciências políticas, já há determinação para que cotas para as mulheres sejam cumpridas nos cargos eletivos; esta determinação deve ser materialmente concretizada, sem que as cotas sejam instrumentalizadas e as mulheres silenciadas nos seus mandatos.

Um país mais justo e igualitário passa necessariamente por correção das desigualdades históricas como no caso das oportunidades de estudo e desenvolvimento científico para as mulheres.

Por Cássio Faeddo – Advogado, mestre em Direitos Fundamentais e MBA em Relações Internacionais. FGV/SP.

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