As chuvas ocorridas em março no Mato Grosso do Sul foram benéficas para os cultivos de segunda safra, como mostram dados da sétima estimativa da safra de grãos 2021/22, divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta semana. Segundo o estudo, as precipitações semanais ocorridas no último mês, com espaçamento aproximado de cinco dias entre as chuvas, eliminaram os pontos de estresse hídrico no estado e também favoreceram a evolução das operações agrícolas de colheita da soja e semeadura do milho.
As chuvas intercaladas com dias com sol não atrapalharam a colheita da soja, permitindo que 99% das lavouras fossem retiradas dos campos de produção até o dia 01 de abril, sem comprometimento da qualidade dos grãos por excesso de umidade. Já a produtividade média final do estado (2.520 kg/ha) foi prejudicada pelos déficits hídricos ocorridos a partir de dezembro de 2021 e que perduraram até o final de fevereiro deste ano no centro-sul do estado.
Milho – De acordo com o boletim, as lavouras de milho 2ª safra do cereal que tiveram um início de desenvolvimento conturbado em fevereiro, nas regiões sudoeste e leste, por conta da baixa umidade disponível no solo naquele período, recuperaram-se e vem apresentando excelente desenvolvimento vegetativo.
O bom comportamento do clima também permitiu que os 2,16 milhões de hectares de milho cultivados em 2ª safra no estado fossem semeados dentro do período recomendado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), o que reduz os riscos futuros de intempéries na produção.
Sorgo – Outro grão que ganhou expressão na área de produção do Mato Grosso do Sul e que também foi beneficiado pelas chuvas é o sorgo. A área cultivada passou de 27,5 mil ha na safra passada para 70 mil ha no ciclo 2021/2022. A expansão é decorrente da rusticidade da planta frente ao milho e da possibilidade de semeadura até 20 de abril em alguns municípios.
Com informações da Assessoria de Imprensa