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Reajuste dos planos de saúde individuais: mais uma novidade da ANS

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Todos os anos ocorre a mesma discussão acerca dos planos de saúde: o setor de planos de saúde alega que o reajuste máximo aos planos individuais não condiz com os custos assistenciais e os órgãos de defesa do consumidor afirmam que planos coletivos deveriam ter a mesma política de reajuste. E por aí vai. Segundo o presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Rabello, o reajuste precisa ser rediscutido. 

A ANS ainda não tem definição para o reajuste dos planos individuais. Bom, segundo entidades do setor, há a possibilidade de aumento recorde esse ano: cerca de 16,3%. É um percentual extremamente preocupante levando em consideração que a inflação voltou a assombrar o povo brasileiro e que o poder de compra do cidadão comum caiu. 

O presidente da agência informa que para chegar ao reajuste são consideradas variações de despesas assistenciais do ano anterior, como a mudança de faixa etária em alguns casos e até mesmo a própria inflação. Mas a possibilidade de mudar o reajuste dos planos individuais é algo que ainda será discutido pela ANS.

Saúde é um assunto importantíssimo, porém delicado. Muitos dependem dos planos de saúde, que, em alguns casos, oferecem alguns tratamentos ou exames que não existem no SUS ou que são de difícil acesso.  

Não posso deixar de destacar que, embora o julgamento tenha sido adiado pelo Superior Tribunal de Justiça, o debate sobre o rol taxativo dos planos de saúde ainda é um assunto que causa muita ansiedade em quem depende deles. 

Considerar a situação econômica do povo brasileiro é a primeira atitude a se tomar diante de uma decisão importante como essa. Acabamos de sair da pior fase da pandemia, milhões de pessoas perderam seus empregos e, infelizmente, muitos sobreviventes da COVID-19 têm sequelas e agora dependem de tratamento para o resto da vida. 

Não estou afirmando que o reajuste não deva acontecer. Só parto do princípio de que o povo brasileiro deve ser o primeiro a ser consultado, não as operadoras. Afinal, é sempre nós que pagamos a conta.

Por Antonio Tuccilio – Presidente da Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CNSP) 

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