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Paciência

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Por meio dos pensamentos e das comunicações, verbais e não verbais, moldamos as nossas ações e influenciamos o nosso destino. Do abstrato para o concreto, do interior para o exterior. Todavia, somos muitas vezes incompreendidos não por aquilo que fazemos, mas por aquilo que os outros querem entender. A escuta e o olhar seletivo, as vistas parciais, as provocações gratuitas e fundamentadas em birras e manhas, tal como o ser vivesse em uma contínua etapa de infância do espírito. Agora, mais do que a explosão da raiva ou o descontrole, a paciência e a tranquilidade para não agravar o problema.

Tolerância, paciência, equilíbrio emocional são condições vitais, como capacete e escudo, para se proteger das intempéries que todos estão aptos a sofrer. De agir não com o clamor do momento, mas a tranquilidade de que o tempo é o grande mestre que tudo ensina e transforma. Por meio do tempo vem as lições da vida, a experiência, o conhecimento que apenas podem ser moldadas em situações específicas de colheita. Como nos adverte o apóstolo dos Gentios, Paulo de Tarso: “Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém” (1 Cor 6:12).

Saber o momento da paciência e do resguardo representa maturidade e ser parceiro e amigo do tempo. De jogar com as horas a seu favor e de se responsabilizar pelos seus atos e atitudes. Segundo dito popular, cada um dá o melhor que tem dentro de si. Sejamos como os faróis firmes e fortes que iluminam sem medo das ondas da vida. A tempestade vem, mas o sol sempre aparece depois.

Por Paulo Hayashi Jr – Doutor em Administração pela UFRGS. Professor e pesquisador da Unicamp. 

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