A atividade empresarial, assim como a vida cotidiana de todos nós, exige, para a obtenção de prosperidade e desenvolvimento, um rito de liderança claro e eficiente, baseado na tomada de decisões adaptáveis a novos desafios, até mesmo para superá-los, transformando eventuais crises em oportunidades. Dessa maneira, a liderança empresarial está intimamente ligada à gestão de crises e oportunidades, constituindo-se como verdadeiro motor da atividade econômica e do próprio negócio.
Nesse sentido, o método usado na escolha das decisões a serem tomadas é determinante, tanto para o sucesso como para a ruína empresarial. Em outras palavras, um método decisório eficiente e enxuto, que seja sensível às inovações técnicas e de mercado, é fundamental para o bom desempenho econômico. Ou seja, as decisões devem ser marcadas pela tônica da agilidade e adaptabilidade, ainda mais em um cenário de crescente inovação tecnológica.
Mas para que essa tomada de decisões, ágil, adaptável e eficiente, seja concretizada com sucesso, faz-se necessária uma minuciosa, e veloz, análise dos desafios presentes e futuros, por diversos pontos de vista – diferentes, porém complementares. São essas diversas perspectivas acerca de uma mesma problemática que formam, em seu conjunto, a chamada liderança inclusiva, formada por uma equipe de pessoas plurais e diversas, cada uma com diferentes opiniões que, se levadas igualmente em consideração, podem, coletivamente, construir a chave para a superação de obstáculos.
As equipes de liderança, responsáveis por escolhas e decisões, precisam, não apenas, ser diversas, isso é, ser compostas de pessoas plurais. É necessário que também sejam inclusivas! Por mais diversas que sejam, precisam ter igual protagonismo nas decisões e nos debates. É sempre bom lembrar que é do diálogo franco e acolhedor, ainda que conflituoso, que a criatividade é estimulada. Para que soluções inovadoras surjam, pessoas diferentes devem contar com o mesmo espaço de protagonismo na construção coletiva de melhores alternativas para os negócios.
É esse o motivo pelo qual podemos assegurar que a Liderança Inclusiva é ótima para os negócios: com igual protagonismo de individualidades plurais e emancipadas, as melhores soluções para os presentes e futuros desafios são construídas a partir de uma lucrativa construção coletiva!
Por André Naves – Defensor Público Federal, especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social; Mestre em Economia Política.